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Greve da Função Pública encerra Escolas da Ponte e Lagares da Beira. Cordinha fecha às 13h00. Escola Sede está no “meio termo”

A greve da Função Publica convocada para esta sexta-feira, 31 de janeiro, obrigou hoje ao fecho da Escola Básica Integrada da Ponte das Três Entradas …

… e de Lagares da Beira no concelho de Oliveira do Hospital, porque a totalidade ou a “quase totalidade dos funcionários fizeram greve”.

O balanço foi feito esta manhã à Rádio Boa Nova pelo diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, Carlos Carvalheira que adiantou que a Escola Básica Integrada da Cordinha só se iria manter em funcionamento até às 13h00, assegurando ainda o almoço aos alunos, sendo que depois disso serão “acionados os transportes” uma vez que “não há condições para continuar com a escola aberta”.

Na escola sede do Agrupamento, na cidade de Oliveira do Hospital, o impacto da greve foi menor, com a escola a funcionar a “meio termo”. À Rádio Boa Nova, Carlos Carvalheira referiu que um conjunto de funcionários e professores está em greve, mas dá para funcionar e para almoçar”. “Decorrerá tudo normalmente”, notando porém que basta “um ou dois funcionários faltarem para que se altere logo a normalidade”. Este é por isso um dia “com muitos transtornos e complicações”.

Noutras escolas do concelho “aparentemente tudo está a funcionar normalmente”. Com exceção do Centro Escolar de Nogueira do Cravo, onde alunos de algumas salas foram encaminhados para casa por falta de professores e funcionários.

À Rádio Boa Nova, Carlos Carvalheira disse compreender as motivações da greve, que entende ser um direito dos trabalhadores, ainda mais quando está em causa a melhoria das condições de vida, que no caso se trata do aumento do salário da função pública. “Todos nós devemos respeitar”, considerou.

Os trabalhadores da administração pública cumprem hoje uma greve nacional, a primeira da atual legislatura, e realizam uma manifestação, em Lisboa, com as várias organizações sindicais da CGTP e da UGT a anteciparem uma forte adesão aos protestos.

Costa tomou posse, em outubro, e  a greve acontece a menos de uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), marcada para 6 de fevereiro.

O Governo apresentou uma proposta de aumentos salariais de 0,3% para a função pública e chegou a dar a negociação por encerrada, mas a responsável pela pasta, a ministra Alexandra Leitão, voltou entretanto a convocar as organizações sindicais para reabrir o processo negocial, uma reunião que está marcada para 10 de fevereiro, após a votação do OE2020.

A anterior greve nacional da função pública que juntou as federações sindicais do setor da CGTP e da UGT realizou-se no último ano da anterior legislatura do governo de António Costa, em 15 de fevereiro de 2019, contra a política salarial do executivo, e teve uma adesão superior a 80%, segundo os sindicatos.

Em 2019 não houve atualização salarial geral, mas o Governo decidiu elevar a remuneração mínima do Estado de 600 euros (equivalente ao valor do salário mínimo nacional naquele ano) para 635,07 euros.

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