Depois de dois anos de interregno devido à pandemia, o Parque do Mandanelho voltou a ser palco das Marchas Populares que regressaram em grande a Oliveira do Hospital com muita cor, animação e boa disposição.
Apesar de fria, a noite animou o pulmão verde da cidade e as centenas de pessoas que mataram saudades da noite popular que já é “marca” do concelho.
Para José Francisco Rolo, a grande “moldura humana” representou “o verdadeiro reconhecimento da qualidade e da vitalidade das Marchas de Oliveira do Hospital”. O presidente do Município destacou o “trabalho de meses” e, por isso, agradeceu “às direcções das instituições, a quem ensaiou, a quem coreografou, a quem fez as músicas e as letras, mas acima de tudo a quem marcha e dá a cara”.
“Regressámos com força e com vontade”, afirmou, considerando que o público “faz parte do brilho das marchas”. O autarca enalteceu o trabalho de quem “preparou este magnífico evento que é uma marca da qualidade, vitalidade e dinamismo das gentes do concelho de Oliveira do Hospital”. Por fim, o “reconhecimento público” foi dirigido aos funcionários da autarquia que “criaram o palco” e abrilhantaram o Parque do Mandanelho.
Graça Silva, vereadora da Cultura do Município e responsável pela organização do certame, mostrou-se “feliz” e agradeceu a todos os oliveirenses pela “calorosa noite”, assim como a “todos que tornaram possível esta iniciativa”, entre eles os participantes e os colaboradores da Câmara Municipal.
A abrir a noite de espetáculo, começaram a marchar as crianças das instituições do concelho. A Marcha Infantil da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) foi a primeira a desfilar pelo Parque do Mandanelho e contou com a participação de 61 crianças, cujo tema da marcha foi “Respirar”. Os padrinhos da FAAD foram Joana Pina e Tiago Seabra e a Filarmónica de Avô foi a responsável pela componente musical.
Seguiu-se a Marcha da Obra D. Josefina da Fonseca com 69 marchantes, acompanhados por Dina Lobo e o padre António Loureiro, padrinhos da Marcha, cujo tema foi “Os Seres Mágicos da Natureza”. A Banda de Loriga acompanhou os mais novos no desfile.
Os marchantes do Centro Social e Paroquial de Seixo da Beira encerraram as marchas infantis. Com o tema “Pequena sereia protege a natureza”, a instituição contou com 46 marchantes. Margarida Claro, presidente da junta de freguesia, e o médico Pedro, da instituição, foram os padrinhos da Marcha.
Quanto às marchas seniores, como tem sido hábito, a Marcha da Arcial iniciou a ronda e este ano contou com a participação de 32 marchantes entre colaboradores e utentes. Maria da Guia Coutinho e Luís Santos foram os padrinhos da marcha cujo tema foi “Rendeiras”. A Filarmónica Sangianense acompanhou a Arcial.
A representar a freguesia de Lagares da Beira, a Marcha do Rancho Folclórico e Cultural de Lagares da Beira apresentou-se sob o tema “Preservação dos oceanos”, com a participação de 30 marchantes e sete figurantes. Carlos Joaquim e Judite Pinto foram os padrinhos.
Seguiu-se a Epto Marcha, onde alunos, funcionários e professores da Eptoliva desfilaram com 40 marchantes. A marcha contou com os padrinhos Bruno Paulino e Daniela Marques, ex-alunos da escola profissional. A letra e música foram produzidas por Rui Gonçalves e a os participantes foram acompanhados pelo Coral Sant’Ana. O tema era “Terra, água, fogo e ar”.
A Junta de Freguesia de Meruge surgiu, por último, com o tema “Os poetas”, de forma a homenagear os poetas da freguesia. A Marcha de Meruge contou com cerca de 32 elementos, sendo Pedro Cabral e Ana Sofia Viegas os padrinhos da mesma. “Os poetas” foram acompanhados pelos “Amigos da Banda”, uma junção de vários músicos, e a letra foi composta por Joaquim Garcia.
A encerrar o certame, a Marcha de Alfama presenteou os oliveirenses com a sua atuação.
Veja ou reveja aqui as Marchas Populares de Oliveira do Hospital.