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Governo escolheu um “concelho exemplar” para reforçar equipas de sapadores no país (com áudio)

O Primeiro Ministro procedeu, esta tarde em Oliveira do Hospital, à entrega de 20 novas viaturas de primeira intervenção necessárias ao trabalho de 20 novas equipas de sapadores florestais, que no país serão responsáveis por trabalho de silvicultura e de prevenção de fogos florestais.

Uma ação de âmbito nacional que teve como palco a Zona de Intervenção Florestal (ZIF) do Alva e Alvôco criada há 10 anos por iniciativa da CAULE – Associação Florestal da Beira Serra, que em novembro de 2006 foi pioneira na criação daquelas infraestruturas (atualmente existem 188 no país). A juntar ao facto de o concelho ter o cadastro concluído e de contar no seu território com uma incubadora, a BLC3, que aproveita a biomassa para a produção de combustível amigo do ambiente, António Costa considera Oliveira do Hospital “um concelho exemplar”, e que motivou a realização da iniciativa com que o governo assinalou, hoje, a reforma florestal que está a ser iniciada no país.

No âmbito da reforma florestal, o primeiro ministro de Portugal defendeu o regresso à “ideia das ZIF”, assim como a “coragem de se avançar com o cadastro em todo o país”. “O que foi possível fazer em Oliveira do Hospital, é possível em todo o país”, referiu. António Costa aplaude o que tem sido feito no concelho em matéria de ordenamento e planeamento da floresta e que permite ao concelho contar com uma “floresta resiliente”.

Em plena Zona de Intervenção Florestas, António Costa defendeu um maior investimento na “prevenção estrutural”, ao nível do apoio aos sapadores, mas também aos bombeiros e proteção civil. Comprometeu-se com a criação de 500 equipas de sapadores até 2019.

O Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, reconheceu em Oliveira do Hospital que o trabalho das ZIF é “notável” e disse esperar corrigir a falta de apoios no âmbito de uma “reforma profunda e profundamente coerente”. Capoulas Santos que respondia assim ao presidente da CAULE, José Vasco Campos que pediu ao governo um maior apoio para os sapadores florestais que, em anteriores governos, “estiveram a definhar”. Os mesmo sapadores que extinguiram ou controlaram “milhares de incêndios à nascença e que, por isso, não abriram os telejornais”.“As florestas precisam dos sapadores florestais. Continuem a poiar os sapadores florestais, que eles retribuirão em dobro”, disse o dirigente que, do mesmo modo, notou as dificuldades na aprovação de projetos de defesa da floresta contra incêndios, no âmbito das ZIF, ao nível do PDR2020. Pediu, por isso, “a urgente reformulação do PDR 2020 para que o trabalho possa ser continuado”.

Orgulhoso do trabalho feito no concelho, o presidente da Câmara Municipal disse que Oliveira do Hospital “é um exemplo”. José Carlos Alexandrino registou a boa articulação entre todos os agentes concelhios, que permitem que desde 2013 se assista “a uma evolução muito positiva” no que respeita à área ardida no concelho. O autarca felicitou a CAULE que tem “um plano específico de intervenção” na gestão da floresta e prevenção contra incêndios. Sublinhou, de igual modo, o facto de Oliveira do Hospital ser um dos sete municípios com cadastro feito, com 60 por cento do seu território conhecido. Para o autarca oliveirense o que mais importa são as “soluções” e, por isso, apreciou “a coragem do primeiro ministro em visitar o concelho, numa paisagem fantástica, com a presença das câmaras de televisão, não porque haja cá fogos, mas para nos congratularmos e  encontrarmos soluções”.

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