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Gabinete da Beira Serra acompanhou 43 vítimas de violência doméstica e realizou 174 atendimentos

A parceria da ADIBER assume e reforça a necessidade da estrutura de apoio e acompanhamento a vítimas de violência doméstica. O projeto Beira Serra: “Sim à Igualdade. Não à Violência!” acompanhou 43 vítimas, em Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua, mas a rede de parceiros quer continuar o trabalho, pois ainda há “muito trabalho a fazer”.

Segundo comunicado enviado à Rádio Boa Nova, no passado dia 12 de abril, no auditório da ADIBER, reuniram os representantes das Entidades Parceiras que integram o Órgão de Acompanhamento Alargado do Projeto Beira Serra: “Sim à Igualdade. Não à Violência!”. Recorde-se que este projeto teve inicio em novembro de 2021 e permitiu a criação de uma Estrutura de Apoio e Encaminhamento a Vitimas de Violência Doméstica na Região da Beira Serra, que inclui os concelhos de Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua.

Integrado na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD), o GIAV – Gabinete de Apoio à Vítima, trabalha exclusivamente a problemática da Violência Doméstica e a Violência de Género, realizando atendimentos e acompanhamentos às vítimas, tal como, continua a informar e consciencializar a comunidade da Beira Serra, através de ações de sensibilização, workshops e seminários.

Esta reunião teve como objetivo realizar o balanço do trabalho realizado pelo GIAV da Beira Serra, efetuar a avaliação intercalar das atividades e iniciativas do projeto, e promover o desenvolvimento contínuo de um trabalho de excelência, na prevenção e combate ao flagelo da violência doméstica, de forma articulada e integrada com todos os parceiros do território.

Até 31 de dezembro de 2022, o GIAV da Beira Serra acompanhou 43 vítimas e realizou 174 atendimentos presenciais e não presenciais, 18 dos quais são utentes com filhos/as menores a cargo e/ou mantêm coabitação com a pessoa agressora. As mulheres continuam a ser o alvo principal de violência e a média de idades das pessoas vítimas encontra-se entre os 26 e os 45 anos. O tipo de violência predominante é a violência psicológica, seguida da violência física, sendo os/as cônjuges ou os/as companheiros/as os principais perpetuadores de violência.

Relativamente ao trabalho com a comunidade, o GIAV da Beira Serra já realizou 105 ações de sensibilização, 12 workshops, 1 seminário e 75 inserções na imprensa local e regional e redes sociais, atingindo 35 600 pessoas. O objetivo é informar e sensibilizar para prevenir, aumentando o conhecimento das populações sobre a temática e contribuindo para a redução do número de casos de violência doméstica na sociedade.

Neste momento de análise, reflexão e avaliação conjunta da rede de parceiros da Beira Serra que formalizou o Protocolo para a Territorialização da Rede Nacional de apoio às Vítimas de Violência Doméstica, que se consubstancia na Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, no Instituto nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, na Guarda Nacional Republicana – Comando Territorial de Coimbra, na Ordem dos Advogados – Conselho Geral, na Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, no Instituto de Emprego e Formação Profissional, na Administração Regional de saúde do Centro, nos Municípios e Comissões de Proteção de Crianças e Jovens de Arganil, Góis e Oliveira do Hospital e Tábua, foi reconhecido e valorizado o excelente trabalho desenvolvido pela equipa técnica do GIAV da Beira Serra em estreita articulação e proximidade com os parceiros e salientado o seu impacto positivo no território.

Tendo em consideração que o projeto possui o terminus no final de junho deste ano, a rede de parceiros de forma unanime, reforçou a necessidade da continuidade do GIAV na Região da Beira Serra, referindo que esta equipa especializada e qualificada “representa uma mais valia para o combate ao flagelo da violência doméstica, num território marcado pelo isolamento geográfico e social, em que o apoio e acompanhamento de proximidade e descentralizado às vitimas é fulcral para o sucesso da intervenção”.  Uma estrutura com estas características, de caracter supramunicipal, “permite rentabilizar recursos, gerar complementaridades, articular esforços e concretizar respostas, com evidentes ganhos de eficiência e eficácia no apoio e acompanhamento das vítimas de violência doméstica”.

Assim, “continua a ser a missão da ADIBER e da Rede de Parceiros: lutar contra a perpetuação da violência doméstica e violência de género”.

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