Site icon Rádio Boa Nova

Funeral de Mário Soares realizou-se esta tarde

Terminou o funeral de Estado de Mário Soares, no cemitério dos Prazeres, onde vão ficar depositados os restos mortais do estadista.

As homenagens fúnebres começaram, esta terça-feira, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com uma cerimónia de homenagem, que começou poucos minutos antes das 13 horas, quando a urna entrou nos claustros carregada a ombro por seis militares.

Coberto com a bandeira nacional e perante os mais de 500 convidados que permaneciam de pé, o caixão foi colocado no palco instalado no centro dos claustros.

Na hora da derradeira despedida, os filhos de Mário Soares prometeram ser “fiéis, respeitar e preservar o património” que o antigo presidente da República “deixou a todos os portugueses”.

“Um homem livre”, que “ajudou muito a abrir Portugal para um outro caminho” e que se afirmou como uma das maiores figuras de Portugal livre. E, com lágrimas contidas, João Soares afirmou: “Adeus, querido pai”.

A cerimónia, que arrancou com a interpretação do Hino Nacional pelo Coro e pela Orquestra do Teatro S. Carlos, ficou marcada pela voz do homem homenageado por todos, pelo político que ficará para sempre na história como o “pai da democracia”.  Depois de uma gravação com dois poemas declamados pela falecida Maria Barroso, o primeiro-ministro elogiou o homem que lutou sempre “em nome da vida e da liberdade”. “Acreditou sempre que Portugal era uma grande nação”, afirmou António Costa, a partir da Índia, onde se encontra numa visita de Estado.

Também o presidente da Assembleia da República falou no misto de “dor, admiração e gratidão” que sentia pela perda de um homem “que sempre se bateu por causas e políticas”, que “tinha uma sintonia impressionante com o povo português” e “um gosto contagiante pela vida e pelo país”.

O presidente da República encerrou os discursos da cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, onde se cruzam o “humanismo e a portugalidade” e onde cada pedra conta a História de Portugal. Para Marcelo Rebelo de Sousa, Mário Soares foi “iluminado pela coragem e pela liberdade” e deixou os portugueses todos “mobilizados para que não mais Portugal seja o meu remorso de O’Neill ou o exílio de Sophia”. “Obrigada Mário Soares!”, concluiu o chefe de Estado, fechando-se a cerimónia como se começou, com o Hino Nacional.

O cortejo fúnebre do antigo chefe de Estado Mário Soares seguiu depois para a Assembleia da República, onde foi recebido com uma longa salva de palmas por parte de deputados, funcionários e cidadãos à passagem pelo parlamento e fundação com o seu nome.

O armão militar onde seguiu o caixão do estadista rumou depois à sede nacional dos socialistas e, depois, para o cemitério dos Prazeres, puxado por cavalos, parou breves segundos no patamar intermédio da escadaria monumental da Assembleia da República e, novamente, junto a um dois prédios ocupados pela Fundação Mário Soares, com dezenas de funcionários à varanda.

A última paragem antes da chegada ao cemitério foi o Largo do Rato. O cortejo fúnebre de Mário Soares chegou às 15:50 ao cemitério dos Prazeres, em Lisboa, tendo sido recebido por honras fúnebres pelos militares dos três ramos das Forças Armadas em parada, com centenas de cidadãos a aplaudir. Depois da chegada, ouviu-se a marcha fúnebre pela banda do Exército e a entrada da urna no cemitério dos Prazeres foi acompanhada por três salvas de tiros.

Antes da chegada do cortejo, ouviu-se o hino nacional.

Até ao jazigo de família onde Mário Soares ficou sepultado seguiram sempre os filhos, netos e familiares, que estiveram acompanhados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, por vários membros do Governo e muitas caras do espetro político, com especial ênfase nos socialistas.

com:jn.pt

 

Exit mobile version