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Frentes de Vila de Rei e de Mação “estão 90% dominadas”. Incêndio já provocou 20 feridos

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O incêndio que se mantém ativo em Vila de Rei e Mação está estabilizado. Não há, nesta altura, aldeias ou casas ameaçadas pelas chamas.

O incêndio de Vila de Rei e que se estendeu até Mação ainda lavra, mas as indicações da Proteção Civil são mais otimistas nesta altura. No briefing da manhã desta segunda-feira, Pedro Nunes, Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Norte da Proteção Civil, começou por explicar que o teatro de operações foi reorganizado, tendo sido definidas duas frentes deste incêndio: uma correspondente ao território de Vila de Rei e outra ao de Mação.

“Durante o período noturno foi feito um esforço significativo e concertado dos operacionais. Foi usada uma componente muito grande de ataque indireto quer através do recurso a máquinas de rasto para a abertura de acessos e para conter as linhas de fogo, quer recorrendo ao fogo para deixar áreas fechadas e bem ancoradas, e diminuir o fenómeno de reacendimento”, frisou.

O responsável da Proteção Civil sublinhou ainda que neste momento não há aldeias ou casas ameaçadas pelo fogo. Algo que poderá mudar ao longo do dia, pois Pedro Nunes antecipa que o vento vá ter um comportamento “muito idêntico” ao do dia de ontem.

Durante o briefing, o INEM deu conta de 10 feridos e 21 pessoas que foram assistidas. Já o comandante Pedro Nunes esclareceu que “da parte da Segurança Social não há registo de pessoas desalojadas”.

O fogo de Vila de Rei está a ser combatido por 1 028 operacionais apoiados por 329 veículos e dois meios aéreos.

De recordar que o incêndio de Vila de Rei teve início na tarde deste sábado. No espaço de uma hora registaram-se cinco fogos. Dois foram extintos com maior facilidade, mas o de Vila de Rei e dois na Sertã revelaram-se mais difíceis de combater. Só na madrugada de domingo, a Proteção Civil deu como dominados os dois incêndios na Sertã, mantendo-se até esta altura contingentes em Rolã e Mosteiro de São Tiago para evitar reacendimentos.

O incêndio de Vila de Rei é o único dos cinco incêndios de maiores dimensões de sábado que ainda se mantém ativo. O fogo progrediu e chegou a ter uma extensão de 25 quilómetros, chegando ao concelho de Mação.

Este domingo o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admitiu sentir “estranheza” pela forma como cinco ignições ocorreram no espaço de uma hora em Castelo Branco. A Polícia Judiciária já esteve na Sertã a recolher elementos de natureza criminosa. Também foram encontrados vários artefactos explosivos em Vila de Rei.

O número de feridos causados pelos incêndios de Castelo Branco este fim-de-semana subiu para 20. O novo balanço foi revelado por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, em declarações aos jornalistas a partir da sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa.

Dos 20 feridos, oito são bombeiros e 12 são civis. Apenas uma das vítimas se encontra em estado grave. Trata-se do civil que está internado na unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa. Eduardo Cabrita referiu que o prognóstico desta vítima é reservado.

O ministro esclareceu ainda que a maioria dos feridos deve-se a inalações de fumos, entorses e a um acidente rodoviário.

Detido suspeito de atear incêndio em Castelo Branco

A Polícia Judiciária, em colaboração com a GNR, deteve um homem suspeito de atear um incêndio em Castelo Branco, o distrito que está a ser mais afetado por incêndios este fim-de-semana. Num comunicado enviado às redações, a PJ revela que o homem de 55 anos foi detido pela presumível prática de um crime de incêndio florestal na madrugada deste sábado.

“O suspeito, usando chama direta, colocou um foco de incêndio em zona florestal povoada com pinheiros e mato, dentro de uma vasta mancha florestal, que teria proporções mais gravosas caso não tivesse havido uma rápida intervenção dos bombeiros de Castelo Branco”, pode ler-se no comunicado.

O homem vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para ficar a conhecer as medidas de coação que lhe serão aplicadas.

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