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Freguesia de Ervedal e Vila Franca da Beira aprova “voto de protesto” pelas indefinições e atrasos nos apoios às vítimas dos incêndios  

A Assembleia de Freguesia de Ervedal e Vila Franca da Beira aprovou um voto de protesto apresentado por João Dinis, eleito pela CDU, pelas “indefinições paralisantes e atrasos inadmissíveis…

… em várias das ajudas públicas aos lesados” e que, pese embora sejam “tão apregoadas, continuam pelo menos adiadas se não comprometidas em muitos casos”.

O voto de protesto aprovado decorre das “sucessivas confusões engendradas sobretudo pelo Ministério da Agricultura”, que levam a que “centenas de agricultores e proprietários florestais não tenham recebido quaisquer ajudas” e que “agricultores e produtores pecuários que se vieram a candidatar a ajudas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, PDR 2020, viram essas suas candidaturas à reconstrução das suas Explorações sofrerem grandes cortes orçamentais, de entre outros problemas que enfrentam”. “Mesmo aqueles que já iniciaram os seus projetos, entretanto aprovados, estão sem receber um cêntimo do apoio público que lhes foi atribuído”, lê-se no documento.

Os eleitos da Assembleia de Freguesia de Ervedal e Vila Franca da Beira denunciam ainda o facto de os produtores florestais estarem “completamente abandonados, com as matas de pinhal ardidas e completamente desvalorizadas” e permanecerem “sob a ameaça abusiva de contra-ordenações e de coimas, caso não limpem as suas parcelas”.

“Noutro plano, as habitações permanentes ardidas continuam por recuperar pela CCDRCentro- Ministério do Planeamento, e já ninguém fala na recuperação das habitações não permanentes, uma situação geral que constitui outra ameaça a pairar sobre as nossas aldeias já tão desertificadas em Pessoas”, consta do voto de protesto.

Entende a Assembleia de Freguesia, conforme proposto pelo eleito da CDU, João Dinis que aquele território vive “uma realidade escandalosa, em que passados mais de oito meses sobre os trágicos Incêndios de Outubro, os mais lesados ainda não viram um cêntimo de vários dos principais apoios públicos definidos e sucessivamente anunciados”.

O voto de protesto aprovado vai ser dado a conhecer ao primeiro ministro e ministérios da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural; Planeamento e das Infraestruturas; Administração Interna; assim como ao presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. O mesmo vai ser encaminhado ao Presidente da República e todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República.

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