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Feira do Porco e do Enchido de Meruge continua a ser “uma aposta ganha”

A Feira do Porco e do Enchido de Meruge continua a ser “uma aposta ganha”. Palavras proferidas pelo presidente da Junta de Freguesia, João Abreu, no decorrer da 19ª edição do certame que se realizou este fim-de-semana na “terra dos porqueiros”, no concelho de Oliveira do Hospital.

Meruge voltou a ser “ponto de encontro” das gentes da região que foram em busca da “autenticidade e genuinidade” da feira criada há 20 anos. Para João Abreu, “é uma feira que, de ano para ano, renova, melhora e onde há muitos motivos de interesse”. “Por isso, a afluência é grande”, frisou, fazendo referência à “diversidade cultural e riqueza gastronómica” que passa pelos enchidos, arroz de suã, torresmos na caçoila, porco no espeto. “Queremos preservar a nossa etnografia, os nossos usos e costumes. É esta autenticidade que dá este caracter único à Feira do Porco e do Enchido que nasceu para homenagear os porqueiros desta terra e que rapidamente se transformou num evento de referência na região da Beira Serra”, afirmou.

O autarca de Meruge destaca também a importância deste movimento de visitantes numa aldeia com cerca de 600 habitantes que, tal como todos os “territórios de baixa densidade”, tem perdido população. De acordo com o presidente da Junta de Freguesia, “em 20 anos, a freguesia perdeu mais de 40% da sua população”, o que considera “dramático e doloroso”. “É uma frustração brutal”, vincou, sublinhando que a “realização destes eventos também mostra que é bom viver nas aldeias e nestes espaços rurais”.

O motivo de orgulho pelo evento estende-se ao Município de Oliveira do Hospital que se assume como parceiro desta “celebração do mundo rural”, como afirmou José Francisco Rolo. O presidente da autarquia elogiou o papel da Junta de Freguesia, instituições e associações que “trabalham para transformar esta aldeia, promovendo produtos locais de excelência”. “Às portas da Serra da Estrela”, Meruge, através da Feira do Porco e do Enchido, apresenta uma “panóplia de produtos” que “gera economia” e, por isso, o certame tem “um efeito multiplicador”.

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