O infantário da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital, está a partir de hoje, encerrado devido à identificação de casos de Covid-19 entre crianças da creche e ATL e funcionárias.
A decisão de encerramento foi comunicada ontem aos pais, através de e-mail, e na porta de entrada do infantário está fixado um documento assinado pelo presidente do Conselho de Administração (CA) da FAAD, Álvaro Herdade, que dá conta da suspensão das atividades do Infantário, com o propósito de “quebrar a linha de contágios”.
Contactado pela Rádio Boa Nova, o responsável disse esta manhã que dada a existência de casos de Covid-19 “houve a necessidade de encerramento”, em articulação com a Delegada de Saúde Pública, Guiomar Sarmento, o presidente da ARS do Centro, e após de despacho emitido pela Diretora Geral de Saúde, Graça Freitas.
“Estão a haver casos muito grandes que nos vêm de alunos da Escola Secundária (sede do Agrupamento de Escolas) no nosso ATL. E depois isto é uma bola de neve. Já na semana passada testámos alguns funcionários nossos que nos pareciam suspeitos. Deram três positivos que foram confirmados com teste PCR. Ontem, testámos os restantes funcionários do Infantário, logo de manhã, um deles deu positivo em teste rápido. Vai hoje repetir em teste PCR e vai dar positivo de certeza”, explicou. À Rádio Boa Nova, Álvaro Herdade adiantou que foi preciso “parar de um momento para o outro, porque não podemos de maneira nenhuma deixar alastrar isto”.
O presidente do CA da FAAD informou que “há11 crianças infetadas”, sendo que o contágio não se cinge apenas à creche, mas “já está espalhada por todo o infantário”. “Há sempre a possibilidade de eles se misturarem, ao entrarem e ao saírem. Nós também não controlamos cá fora, em casa. Alguns têm irmão no ATL ou na creche. É impossível”, frisou.
No primeiro dia de encerramento, Herdade não tem previsão para a reabertura do Infantário. “Vamos continuar com muita cautela e a fazer os testes. Mas temos que ter condições seguras para abrir”, disse.
A esta altura, o contágio não afeta as restantes valências da FAAD. “Isto são bolhas isoladas e já estávamos à espera disto”, disse o responsável à Rádio Boa Nova, considerando que “o problema vem quando alguém se convence que um teste rápido positivo, depois se transforma num teste de PCR negativo”. “Esse foi o principal problema aqui. Acho que as pessoas não vivem neste mundo e houve aqui erros que são de palmatória”, concluiu.