Depois de dois anos de interregno, a EXPOH regressa a Oliveira do Hospital com um novo conceito e um novo horizonte. A gastronomia e a programação musical são a grande aposta da EXPOH que, este ano, “é assumidamente um evento sustentável”.
Na sessão de inauguração do certame, o anfitrião José Francisco Rolo, autarca de Oliveira do Hospital, começou por agradecer à “comissão organizadora pelo trabalho e dedicação em pôr de pé a EXPOH”. A desejar que “se sintam em casa” porque “Oliveira do Hospital sabe receber”, o presidente do Município afirmou que na EXPOH se “celebra a afirmação de um território” e de um “concelho dinâmico, vivo e empreendedor”.
“A EXPOH representa uma marca de Oliveira do Hospital e da região de Coimbra que pretende juntar pessoas”, afirmou, avançando que o executivo tem, agora, a “perspetiva de criar eventos mais curtos, mas com mais intensidade”. Com um programa “para todas as idades”, a edição de 2022 aposta em espaços de lazer, para a família e para as crianças. “Assumidamente um evento sustentável”, a Câmara Municipal pretende adotar este desígnio para outras iniciativas. O evento apresenta também uma “estratégia de investimento prudente”, sendo que “o maior investimento são sempre as pessoas”. “No concelho de Oliveira do Hospital seremos sempre hospitaleiros”, concluiu José Francisco Rolo, deixando o convite aos oliveirenses e à região para que desfrutem da EXPOH.
EXPOH é a demonstração do potencial dos territórios de baixa densidade
No arranque do evento, não faltaram recados ao Governo para que os territórios do interior sejam valorizados e estejam em pé de igualdade com outras regiões.
Luís Paulo Costa, vice-presidente da CIM Região de Coimbra, elogiou o certame que “espalha a qualidade de vida dos oliveirenses” e parabenizou o Município, pois “organizar um evento desta dimensão pensando na pegada ecológica é uma árdua tarefa”. “A EXPOH é a demonstração do potencial de Oliveira do Hospital e da região centro”, afirmou, aproveitando a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território para solicitar “políticas de apoio aos territórios de baixa densidade”, como “melhorias nas acessibilidades”. Falando concretamente do IC6, Luís Paulo Costa frisou que “concluir o troço é um imperativo regional e nacional”.
Também José Carlos Alexandrino, presidente da Assembleia Municipal e deputado da Nação, lamentou a existência de “dois países num só: o litoral e o interior”, garantindo que continuará a ser “voz ativa destes territórios”. A par da situação do IC6, sublinhou que o regresso do Serviço de Atendimento Permanente é “fundamental” para que a população se sinta “em segurança”. “Têm que devolver o que nos foi retirado”, rematou.
As reivindicações foram escutadas pelo Secretário de Estado Carlos Miguel, que considerou o “renascimento” de Oliveira do Hospital após os grandes incêndios como prova de vitalidade do povo oliveirense. Perante os autarcas da região presentes na cerimónia, afirmou que o Governo tem de “ouvir os autarcas, que são quem melhor conhece o território”. Sobre a EXPOH, e apreciando-a como “um bom local de negócio”, o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território não tem dúvidas de que é “essencialmente um espaço de encontros”. “Vai longe o tempo em que se pedia às Câmaras Municipais para tratarem do saneamento e das estradas. A prioridade e a tarefa das autarquias agora passam por apostar na atratividade do território, que atrai riqueza e qualidade de vida”, concluiu.