Os estudantes do núcleo Fim ao Fóssil bloquearam, na manhã desta segunda-feira as entradas no departamento de Matemática do polo I da Universidade de Coimbra.
Em comunicado, o movimento refere que “a porta principal foi bloqueada pelos próprios estudantes que se colaram às portas e utilizaram tubos para se prenderem uns aos outros”.
Por sua vez, “as portas traseiras que dão acesso ao departamento foram também barricadas por dentro, impedindo assim qualquer acesso ao interior”, pode ler-se.
Os ativistas penduraram ainda uma faixa nas janelas com a frase ‘Em 1969 pedimos a palavra. Hoje exigimos ação!’.
Segundo o Fim ao Fóssil, a escolha deste departamento em específico “não foi aleatória”, mas sim devido “ao seu passado histórico”.
“É uma escolha que remete para a luta estudantil, já que foi aqui que, há 54 anos, o estudante Alberto Martins pediu a palavra durante a inauguração do edifício e não só esta lhe foi negada, como o estudante foi também detido. Este foi um evento catalisador para a luta estudantil e crise académica de Coimbra”, declarou a porta-voz da ação, Inês Morais, citada na mesma nota.
Nesta ação, os jovens reivindicam “o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível a todos até 2025”, assim como exigem que “as instituições de ensino sejam espaços onde os estudantes possam expressar a sua voz livremente”, atacando ainda a parceria da universidade com o Banco Santander, que dizem “investir ativamente na exploração de combustíveis fósseis”.
Entretanto, através do Telegram, o grupo afirma que “a polícia de choque dispersa estudantes da frente do departamento, mantendo-se apenas as estudantes coladas”.