Terminada a primeira fase de acesso ao ensino superior, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) registou “um bom resultado” com a colocação de 161 alunos.
Para Vera Cunha, presidente da Escola Superior, o número de colocados “é um bom indicador, atendendo à alteração da designação do curso Gestão de Bioindústrias para Gestão e Biociências”. Nas licenciaturas de Contabilidade e Administração, Gestão e Marketing, as vagas foram ocupadas na totalidade. Em Engenharia Informática “estranhamente sobraram três vagas”, mas a presidência da escola espera vê-las preenchidas em breve, uma vez que o curso apresenta uma taxa 100% no que respeita a empregabilidade. “Todos os estudantes que concluíram este curso na ESTGOH estão a trabalhar na área”, assegurou a presidente.
Em análise a esta primeira fase, comparativamente ao ano anterior, Vera Cunha sublinha o “aumento de 11% de alunos que escolheram a ESTGOH como primeira e segunda opção”. “É um crescimento muito acentuado”, frisou. Outro facto que “também agrada” a escola é “o impacto que a mesma tem na região”. Segundo a responsável, “o número de estudantes da região, nomeadamente dos concelhos limítrofes, mais do que duplicou”.
Já de olhos postos na segunda fase de acesso ao ensino superior, a ESTGOH disponibiliza 31 vagas, “número que pode aumentar” caso os primeiros alunos colocados não concretizem a sua matrícula. Mas, de facto, a presidência não acredita que o número de vagas aumente, tendo em conta que cerca de 50% escolheu a escola como primeira opção. “A maior parte tinha a ESTGOH como primeira opção e não pretendem candidatar-se à segunda fase. Quem veio, veio para ficar”, explicou.
No momento de finalizar a matrícula, os alunos não demonstraram interesse em abandonar a cidade oliveirense à procura de melhor, contudo demonstram algumas queixas quanto às “vias de acesso até Oliveira do Hospital e a distância relativamente a Coimbra”.
Não há falta de alojamento
Questionada acerca de alojamento para os novos estudantes, Vera Cunha garantiu que “o número de camas na cidade aumentou significativamente” e que já “no ano passado não se verificaram dificuldades”. “Aquilo que sentimos é que a cidade abriu-se muito mais à escola e, portanto, houve uma mudança. Antes, casas que eram para famílias, passaram a estar disponíveis pra estudantes”, explicou.
Quanto à futura residência estudantil, que foi aprovada através do Plano de Recuperação e Resiliência e que ocupará o antigo Hotel S. Paulo, a escola “continua à espera de informação” pois “enquanto não houver autorização para que o mesmo possa ser utilizado como residência não se pode avançar”.
Escola ambiciona novas instalações
A defender, como sempre, que a ESTGOH merece novas instalações, Vera Cunha revela que “o ponto de situação é o mesmo que há um ano”. “Não há indicação, nem em termos governamentais, nem do IPC, nem da Câmara Municipal de se conhecer quais vão ser as novas instalações”, explicou. Na opinião da presidente, “se fosse para construir novas instalações de raiz, o processo iria ser mais rápido”. No entanto, “estando dependentes da ideia de passar a ESTGOH para a escola primária, que por sua vez está dependente da conclusão do Campus Educativo, a situação manter-se-á condicionada”.