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Estátua do padroeiro S. Paulo foi furtada no Goulinho (com áudio)

A estátua de S. Paulo, padroeiro da localidade de Goulinho, na freguesia de Aldeia das Dez, no concelho de Oliveira do Hospital, foi ontem furtada do local onde se encontrava, junto à Fonte Velha.

Carlos Castanheira, presidente da Junta de Freguesia, considera tratar-se de uma perda de “valor incalculável”.

Em causa está o “ex-líbris” do Goulinho, uma “escultura em pedra do santo padroeiro S. Paulo” que, segundo o autarca de Aldeia das Dez, se julga datar do século XVIII e terá sido durante algum tempo a única imagem existente. Esta manhã, em declarações à Rádio Boa Nova, Carlos Castanheira referiu que o furto da estátua “tocou toda a população e a todos deixou em choque”. Referiu que se trata “de uma perda incalculável”.

“Era bom que as autoridades dessem mais atenção ao patrulhamento noturno das nossas freguesias”, defendeu o autarca aldeense, diante “do perigo que corremos com a população extremamente idosa”. “Há um sentimento de medo”, frisou.

A estátua furtada estava gradeada com ferro, mas “foi facilmente arrombada devido ao sítio onde se encontrava junto à estrada”, num local que a “Comissão de Compartes emblemou”.

Agora “há um sentimento de revolta e de saudade” referiu o autarca, que agora espera que a “Polícia Judiciária possa capturar os autores do furto e recuperar a estátua”. “As pessoas do Goulinho estão ansiosas por desenvolvimentos”, disse ainda Carlos Castanheira, na expectativa de que possam ser frutíferos. À Rádio Boa Nova, o autarca disse acreditar que quem furtou a estátua do padroeiro o terá feito com objetivos comerciais, ou seja, “para entrar na rede da arte sacra”.

A esta altura o sentimento é de “tristeza” entre a população de Goulinho, notando Carlos Castanheira que o mesmo é extensível a toda a freguesia de Aldeia das Dez.

O furto da estátua do santo padroeiro foi tornada pública nas redes sociais, por Célia Lourenço, professora de História do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital e colaborada da Rádio Boa Nova do programa “A Escola e o Meio” e que é natural daquela localidade. “Todos lamentamos esta perda, mas também é o tempo para nos interrogarmos se estamos a zelar convenientemente pelo nosso património”, alertou.

Foto: Célia Lourenço

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