O estacionamento subterrâneo, conhecido silo auto, situado no centro da cidade de Oliveira do Hospital, quando estiver “liberto” dos bens doados para as vítimas dos incêndios, vai passar a ser pago por um valor “leve”.
O objetivo, segundo o presidente do Município, José Carlos Alexandrino, é evitar o estacionamento abusivo de viaturas por “três ou quatro meses”
Este assunto esteve em destaque na última Assembleia Municipal, onde João Brito, do PSD, questionou o executivo oliveirense acerca do silo auto que “foi construído para fazer face à falta de estacionamento” mas que, neste momento, ainda se encontra lotado de doações e é “utilizado para vários eventos que não têm a ver com a sua utilidade”.
“Concluídos oito meses, o parque continua fechado aos oliveirenses”, referiu João Brito, mostrando-se indignado pela realização de “eventos festivos que nada contribuem para o bem-estar dos habitantes da cidade, nem para a promoção do centro da cidade que se vê privada de um número considerável de estacionamentos”.
José Carlos Alexandrino, sobre este assunto, mostrou-se “preocupado” pela sua equipa “não conseguir, neste momento, alugar um pavilhão” para guardar o material doado. “São milhares de coisas. Temos de encontrar uma solução”, disse o autarca, dando conta de que já “tentaram alugar um pavilhão na zona industrial” mas sem sucesso. “Não podemos agarrar nas coisas que nos foram oferecidas e pô-las na rua”, acrescentou.
O autarca oliveirense adiantou que “houve cedência para algumas festas”, contudo, a solução, na altura, foi bem conseguida não causando constrangimentos a nível do barulho. “Esperava ter mais barulho e espero que Oliveira do Hospital tenha mais miúdos”, defendeu, referindo-se ao aumento de 60 vagas que a Escola Superior de Tecnologia e Gestão vai disponibilizar no próximo ano letivo.
Ainda em resposta ao deputado do PSD, José Carlos Alexandrino observou que João Brito estaria a “defender aqueles que deixam lá o carro estacionado três meses sem o tirar, porque não se paga”. Avisou, por isso, que o silo auto, aquando da reabertura, será pago simbolicamente, para evitar que as pessoas estacionem as suas viaturas durante mais de “três meses”. “A partir do dia em que o libertarmos, vamos pôr estacionamento pago com regulamento próprio. As pessoas vão pagar uma coisa leve mas vão pagar para não terem lá o carro três ou quatro meses”, explicou.
Beatriz Cruz (jornalista estagiária)