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Especialistas em pragas e doenças alertam para novos “riscos” em áreas ardidas

Dirigentes e técnicos do Centro Pinus – Associação para a Valorização da Floresta de Pinho, INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e da FNAPF – Federação Nacional das …

… Associações de Proprietários Florestais realizaram esta quinta feira uma visita às áreas afetadas pelo grande incêndio de 15 de outubro, no concelho de Oliveira do Hospital e parte do concelho de Seia com o objetivo de chamar a atenção para a importância de prevenir o surgimento de novas pragas e doenças na fileira do pinho no pós incêndio.

No decorrer da visita de campo, o presidente do Centro Pinus, João Gonçalves, deu conta precisamente do “impacto brutal”, que iniciativas desta natureza podem ter em futuras ações na região. “Estamos aqui com o envolvimento da FNAPF para abastecer informação e garantir que a informação chegue aos técnicos que vão dar suporte às ações nesta região” sublinhou o dirigente, que face à “desgraça” que atingiu “profundamente” a região o ano passado, quer poupar de novas pragas e doenças o que resta do património florestal. “Interessa-nos dar suporte técnico aos técnicos que vão interagir com a recuperação desta região para a proteger de futuros ataques do ponto de vista sanitário, que agravem ainda mais as perdas”, referiu, lembrando que a fileira do pinho representa mais de 80% das empresas e do emprego do setor florestal na região interior Centro. E por isso, concluía “ não podemos correr o risco de a perder”.

Também o presidente do INIAV, Nuno Canada, reforçou a importância, nesta altura – uma fase propícia ao surgimento de pragas e doenças, de vir ao terreno partilhar e transferir o “muito conhecimento” que o instituto tem nesta matéria, com os técnicos e produtores florestais. “Há áreas que arderam e outras que não arderam e essas têm de ser tratadas para evitar novas pragas e doenças”, afirmou, mostrando-se “fortemente empenhado” em apoiar a FNAPF neste trabalho.

Anfitrião e parceiro desta iniciativa, o presidente da FNAPF, Vasco Campos, destacou, por sua vez, o “grande conhecimento técnico” daquelas duas instituições em termos de pragas e doenças do pinheiro, conhecimento esse que é “importante” nesta “nova fase que estamos a viver”, pois nunca tinha havido antes um fogo com as dimensões do ocorrido a 15 de outubro.

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