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Especialista defende a “testagem“ como a “arma principal” que devemos utilizar e não o confinamento

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes disse esta terça-feira, na reunião do Infarmed, que o país precisa de regras objetivas e de uma estratégia que não esteja dependente de indicadores lentos, como o Rt, que chega com sete dias de atraso.

Na opinião do especialista “esta resposta gradual não pode acontecer com um vírus que cresce exponencialmente e divide a sociedade”, defendendo que a resposta deve passar por um “upscaling” na realização de testes de despistagem.

O especialista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, defendeu esta manhã que “a testagem é a arma principal, não o confinamento”.

Carmo Gomes define ainda três “linhas vermelhas” que, ao serem ultrapassadas, pedem ações decisivas e medidas fortes. São elas: Rt superior a 1,1; percentagem de testes positivos abaixo dos 10% e uma incidência maior do que 2 mil casos diários.

O cientista diz que é preciso aumentar “agressivamente” a testagem. “É uma forma de segurar a mola de pressão e, de quando o de confinamento se realizar, a mola não disparar”.

Manuel do Carmo Gomes explicou  ainda que a redução drástica dos contágios ocorreu no dia 21 de janeiro e que se o país tivesse optado por um confinamento mais leve e menos restritivo, o país iria enfrentar um pico mais “longe e agravado”. Considerou que o mês de janeiro foi “muito mau em termos de saúde pública em Portugal”.

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