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Espaço de Coworking “valoriza e dignifica a aldeia” de Alvoco das Várzeas

Alvoco das Várzeas conta, a partir de agora, com um Espaço de Coworking, um projeto dinamizado pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM) que visa “valorizar e dignificar as aldeias”. A inauguração do espaço contou com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial.

O espaço, que integra a primeira Rede de Coworking Rural em Portugal, dispõe de condições para a realização de “teletrabalho”, para acolhimento de “nómadas digitais” ou de pessoas que “queiram vir para o interior trabalhar”.

Na ocasião, José Francisco Rolo, presidente da ADIRAM, mostrou-se “feliz” por estar a “concretizar um sonho” que “foi germinado em conversas, em possibilidades no seio da Rede das Aldeias de Montanha”. Frisou que a ADIRAM “une 41 aldeias, desde Oliveira do Hospital até ao Fundão, que une a Serra da Estrela à Serra da Gardunha, num projeto de desenvolvimento de base local, assente nas comunidades locais, nos seus saberes”. A Associação, que nasceu em Seia, estendeu-se a mais oito Municípios: Oliveira do Hospital, Gouveia, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Guarda, Covilhã, Fundão e Manteigas. Para o também vice-presidente da autarquia de Oliveira do Hospital, o projeto que arrancou, ontem, em Alvoco das Várzeas é de “proteção, valorização e dignificação da vida nas aldeias”.

“A partir de hoje, Portugal tem aqui um espaço de trabalho partilhado, para acolher nómadas digitais, gente que quer vir para o interior trabalhar”.

Responsável pela pasta da Coesão Territorial no Governo, Ana Abrunhosa defendeu que é um “projeto único, não só em Portugal, mas também na Europa”. Frisou que “estes espaços não se destinam só aos nómadas digitais, mas também àqueles que, muito bem, querem vir das grandes cidades ou dos centros urbanos para aqui, onde têm melhor qualidade de vida”.

A ministra adiantou que “o Ministério da Coesão Territorial começou com cerca de 57 espaços de teletrabalho”, mas hoje já há “reconhecimento de 88”, sendo que “há ainda uma lista de espera grande para novos espaços só no território do interior”. Considerando de “carácter profundamente inovador”, Ana Abrunhosa salienta que “são também uma alavanca na dinamização das aldeias, por lhes voltar a dar centralidade”. “Não teremos coesão territorial se não valorizarmos as aldeias”, rematou.

Por sua vez, José Carlos Alexandrino, presidente do Município de Oliveira do Hospital afirmou que “é um orgulho” inaugurar o espaço, naquele que certamente será o “último ato oficial como presidente da Câmara”. A inauguração teve, por isso, “um significado enorme”.

Afirmando estar “numa das aldeias mais bonitas do concelho”, o autarca defendeu que nos últimos anos o Município “conseguiu projetar Oliveira do Hospital”, numa “dinamização do próprio turismo”. Na opinião de José Carlos Alexandrino, “o interior tem grandes condições” e que, por isso, “a coesão do território tem que ser na sua totalidade e não só no litoral”. “Devemos apostar nas aldeias e fixar jovens. Precisamos de inverter a demografia”, vincou.

Agostinho Marques, também na reta final do seu mandato autárquico na Junta de Freguesia de Alvoco das Várzeas, congratulou-se pela existência do espaço “que não é só da freguesia e do concelho”. “É de importância nacional”, frisou, garantindo que “estará aberto a todo o país, para as pessoas que procuram qualidade de vida”. Satisfeito pelo espaço ser “feito com material da região”, Agostinho Marques não tem dúvidas que o projeto vai “levar o nome de Alvoco das Várzeas muito longe”.

A cerimónia de inauguração contou, ainda com a presença, entre outros, da presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno, e Secretária-Executiva da ADIRAM, Célia Gonçalves.

A partir do dia 18 de outubro o espaço poderá ser utilizado por qualquer pessoa, sendo apenas necessária uma pré-reserva por email para inovacao@aldeiasdemontanha.pt

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