Site icon Rádio Boa Nova

Escolas com falta de material no arranque das provas de aferição

Cerca de 100 mil alunos do 2º ano do ensino básico começaram, hoje, a realizar as provas de aferição. Entre esta quarta-feira e dia 10 de maio, os alunos vão mostrar o que sabem fazer ao nível das Expressões Artísticas e Expressões Físico-Motoras.

Em junho, vão estar sujeitos às provas de Português e Estudo do Meio (dia 15 de junho) e Matemática e Estudo do Meio (dia 18 de junho).

Apesar de as datas estarem estabelecida, nas escolas ouvem-se queixas de faltas de material. No distrito da Guarda, a maioria das escolas do 1º ciclo de pequena dimensão não têm os materiais e equipamentos necessários para a realização das provas de aferição de Expressões Físico-Motoras do 2º Ano.

Pedindo emprestado ou deslocando os alunos para as sedes de agrupamento são as soluções encontradas para uma área de ensino que, consideram os responsáveis das escolas, “tem sido preterida”.

“Vamo-nos ajeitando, é uma caraterística portuguesa, o desenrascanço, estas escolas são o fruto do desinvestimento nas expressões motoras e plásticas. Tanto se aposta em português e matemática que os alunos até saturam e não há grandes resultados”, disse João Viveiro, diretor do agrupamento de Escolas Guilherme Correia de Carvalho, em Seia.

As professoras Antonieta Nunes e Alice Amaral preparam o pavilhão desportivo na sede de agrupamento em Seia, onde parte do material é pedido emprestado. “Tenta-se arranjar tudo e já temos tudo. Pedimos emprestado ao município o banco sueco e o plinto”, contam.

Já nas escolas de pequena dimensão, sem plintos ou bancos suecos, os alunos são levados para as sedes de agrupamento. “Sandomil, Torrozelo e Loriga, já não possuem dimensão para que se possa investir nesse sentido e então juntamente com a câmara, os alunos são transportados para os dois centros escolares, em Seia e S. Romão”, explica o responsável do agrupamento.

No entanto, o problema maior prende-se com a falta de recursos humanos nas provas de aferição. Segundo João Viveiro, “quando falta um ou dois professores que é o caso, já cria um grande desequilibro. Os recursos humanos não são suficientes, porque há provas de aferição enquanto decorrem aulas”, alerta.

A situação é recorrente a nível nacional. Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, descreve a situação. “O IAVE, que é o Instituto de Avaliação Educativa, indica um conjunto alargado de materiais que são necessários para que as provas possam decorrer. É claro que a maior parte das escolas do interior país, são escolas relativamente pequenas, não têm os materiais. Obviamente que os agrupamentos encontraram soluções, transportando material desde a escola sede do agrupamento para as escolas onde as provas de aferição irão decorrer”, garante.

Com: RR

Exit mobile version