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Ervedal da Beira conta com nova Unidade de Saúde

A população de Ervedal da Beira dispõe, desde a passada sexta-feira, de uma nova Unidade de Saúde. O edifício que substitui a antiga extensão de saúde…

… foi inaugurado pelo Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Construída de raiz, a Unidade de Saúde veio responder aos anseios da população da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira que, há vários anos, vinha reclamando por melhores condições na prestação dos cuidados de saúde primários. A obra representa um investimento na ordem dos 400 mil Euros, financiado em 85 por cento pelos fundos comunitários, sendo os restantes 15 por cento suportados pelo Município de Oliveira do Hospital.

Em dia de inauguração, Carlos Maia, presidente da União de Freguesias, destacou o percurso feito até à concretização da obra. “Não perdemos a coragem, nem a esperança”, referiu o autarca que viu na abertura do Quadro Comunitário uma “janela de oportunidade” para a realização da obra e para qual “foi determinante” o empenho do presidente da Câmara Municipal.


Satisfeito pelo novo espaço, Carlos Maia, não deixou de expressar a sua preocupação com a colocação de clínicos no espaço. Lembrou, que a antiga extensão de saúde já contou com dois médicos, mas agora só conta com um clínico. “Mas sabemos que ele não vai estar muito mais tempo”, referiu, aludindo ao motivo de aposentação do médico. “Ninguém entenderia que com estas instalações, nós não tivéssemos a continuidade dos serviços primários de saúde a ser garantidos às pessoas”, afirmou, notando que dos 1500 utentes, grande parte “são pessoas carentes e com fracos recursos económicos e que não têm dinheiro para recorrer à saúde privada”.

A contar com a presença do ministro da Saúde, o presidente da Câmara Municipal elogiou o trabalho feito pelo governante e em particular a “solução” que encontrou para a saúde em Oliveira do Hospital, ao passar as urgências à noite, fins de semana e feriados para o hospital da Fundação Aurélio Amaro Dinis (FAAD). Referiu, porém, que Oliveira do Hospital precisa de mais médicos, notando que as consultas de intersubstituição em funcionamento no Centro de Saúde “não são suficientes” para dar reposta aos oliveirenses.  “Precisamos de um serviço de atendimento seja na FAAD, seja no Centro de Saúde”, defendeu José Carlos Alexandrino, que disse que aquele não era uma assunto para ser discutido naquele dia, mas numa futura reunião em Lisboa.

O autarca foi mais longe ao voltar a considerar que “não é plausível que haja um investimento enorme (na formação de médicos) e eles queiram ficar todos em Lisboa, nas cidades ou queiram emigrar”. “É preciso que os partidos encontrem soluções e acordos para resolver problemas da saúde do interior e não só de Oliveira do Hospital”.


Aos ervedalenses, em particular e aos oliveirenses de um modo geral, o ministro da Saúde garantiu que o governo tudo fará “com imaginação”, com “engenho e arte”, tal como aconteceu com a colaboração com a FAAD,  “para que as pessoas tenham aquilo que merecem, o nosso respeito”. “Estou trabalhar para os seus munícipes” e dos vários pontos do país afetados pelos incêndios, que depois destes incidentes “passaram a ser olhados de outra maneira”. No concelho oliveirense, o governante disse já ter dado indicações à presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Rosa Reis Marques, para “trabalhar a proximidade”. “Fazemos tudo o que pudermos, mas precisamos do apoio e alianças com as autarquias”.

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