A Equipa Comunitária de Saúde Mental conta com umas novas instalações. Num edifício remodelado, propriedade da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), junto da qual se encontra, o novo espaço vem, assim, permitir que seja possível “prestar melhores serviços”.
Criada em 2015, a equipa que integra a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra já consultou mais de 1300 doentes e tem vindo a acompanhar 500 em consultas de seguimento. Era, por isso, urgente dispor de melhores infraestruturas. Fruto de um protocolo com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a FAAD e o Município de Oliveira do Hospital, o espaço remodelado e dotado das melhores condições está pronto para continuar a acompanhar quem mais precisa.
Na inauguração do novo espaço, José Francisco Rolo destacou “o desempenho assinalável que a equipa tem tido”, sob a coordenação Célia Franco e “supervisionada” por Horácio Firmino, Diretor do Centro de Responsabilidade Integrada de Saúde Mental da ULS Coimbra.
“Havia cidadãos que precisavam de cuidados de saúde especializados e que só os encontravam em Coimbra. Estiveram bem quando criaram as equipas comunitárias e trouxeram os cuidados de saúde mental e as consultas de especialidade ao território”, afirmou o presidente do Município. As novas instalações são “um grande ganho para todos, para a equipa que tem melhores condições de trabalho, mas, acima de tudo, para as pessoas que precisam de cuidados de saúde”.
Para consolidar mais a equipa e, consequentemente, reforçar a qualidade de acompanhamento dos doentes, é necessário aumentar os recursos humanos, nomeadamente com mais um médico psiquiatra e um psicólogo.
Médica psiquiatra e líder da equipa, Célia Franco agradeceu à ULS “toda a disponibilidade em resolver os problemas” e comprometeu-se em continuar a “prestar os melhores serviços”. Para além das consultas ali prestadas, a clínica deu conta do acompanhamento que é feito ao domicílio. “Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé”, disse, sublinhando que “não há ninguém que fique sem assistência por incapacidade”.
Perante um edifício praticamente devoluto,a FAAD desde logo tomou a decisão de fazer obras de adaptação para “melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos profissionais de saúde”, como referiu Álvaro Herdade, presidente da FAAD. Por outro lado, foi uma forma de “fazer jus ao patrono que criou a Fundação Aurélio Amaro Diniz para dar apoio e servir a população local na área da saúde”.
A Equipa Comunitária de Saúde Mental acabou por “trazer o Serviço Nacional de Saúde mais próximo de Oliveira do Hospital e concelhos limítrofes”, como sublinhou Alexandre Lourenço. Para o presidente da ULS Coimbra, a saúde mental ainda é “uma área muitas vezes sujeita a estigma social” e, por isso, a equipa instalada em Oliveira do Hospital é “um exemplo” na “proximidade com as populações”, “permitindo uma integração total de todos os cidadãos, mesmo também com problemas de saúde mental”. “Este é um exemplo que estamos a tentar seguir para o resto da Unidade Local de Saúde de Coimbra, com o aumento das equipas comunitárias, no sentido de criar um Centro de Responsabilidade Integrada de Saúde Mental, claramente em proximidade, descentralizado”, explicou.
Para Alexandre Lourenço, este foi também um dia para celebrar “o trabalho excecional destas equipas” que trabalham para além deste espaço físico. “Estes profissionais vão a casa das pessoas, procuram os doentes”, disse, sublinhando que o “Serviço Nacional de Saúde procura encurtar distâncias e estar próximo da população”.