“Tecnologia, inovação e empreendedorismo” são a aposta da Escola Profissional Eptoliva que, depois de comemorar 30 anos de atividade, está concentrada em “preparar o futuro da escola na próxima década”.
O objetivo foi partilhado, esta manhã na Rádio Boa Nova, por Daniel Costa presidente da Adeptoliva, a Associação que gere o ensino profissional ministrado pela Eptoliva- Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil. Na liderança da escola desde julho de 2014, Daniel Costa foi reconduzido no cargo, vendo renovada a confiança dos Municípios proprietários da Eptoliva, Oliveira do Hospital e Tábua.
O último ano foi de comemoração dos 30 anos da escola e, à Rádio Boa Nova, Daniel Costa referiu que o mais importante “foi passar a mensagem de futuro, ou seja, de uma escola que comemora os 30 anos orgulhosa daquilo que foi o seu trajeto, mas que está focada naquilo que será futuro da educação”.
Este é por isso, “um ano não só de viragem”, mas em que “estaremos no fundo a preparar o futuro do ensino profissional e até da própria educação”. Daniel Costa nota que, em dois anos de pandemia”, a Eptoliva teve que “fazer um conjunto de processos” e apostar “em novas metodologias”, que em condições normais, “se calhar” demorariam “muito tempo”. Depois deste desafio, o responsável considera que “os próximos anos, principalmente a próxima década, será uma década em que ou as escolas estão preparadas e se adaptam àquilo que será o futuro, ou então ficam para trás”.
Com foco no “futuro”, a Eptoliva está a apostar “desde o ano passado num plano de educação digital sustentável”, que “basicamente são um conjunto de metodologias, de equipamentos e ideias daquilo que será o futuro da escola na próxima década e que passará muito pela tecnologia, pela inovação, pelo empreendedorismo”. Mas, Daniel Costa sublinha que “o sinal foi dado, não agora, mas há três ou quatro anos”, quando a escola decidiu “oferecer um tablet a cada novo aluno que entrava na escola”. “
“Quando chegámos à pandemia, tivemos oportunidade de perceber que se não tivéssemos feito este esforço uns anos antes, haveria alunos sem tecnologias para o ensino à distância. Isso fez-nos perceber que, realmente, é uma escola diferenciadora e inovadora”, constata o responsável.
Prova disso, tem sido a aposta “em salas tecnológicas, com equipamentos de última geração onde os alunos podem dar largas à sua criatividade, podem ter acesso a materiais didáticos diferentes, a novas metodologias de educação e à chamada gamificação do ensino”.
Num ano em que a escola registou “uma avalanche de alunos”, o futuro da Eptoliva passa também por novas instalações em Oliveira do Hospital, já que em Tábua ainda neste ano letivo, o Pólo passará a funcionar num novo espaço criado pelo Município. “Temos o maior número de alunos de sempre na escola, temos cerca de 280 alunos (em Oliveira do Hospital e Tábua). Nunca tivemos tantos alunos e também nunca tivemos tantos docentes e não docentes”, avançou Daniel Costa, verificando que, hoje, a Eptoliva tem um “défice que tem muito a ver com as instalações”.
“Precisamos de novas instalações, que podem ser ampliações, algumas adaptações dos edifícios existentes”, referiu o responsável, que também defende a criação de um Centro Tecnológico especializado, que é “algo que está previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para as escolas do ensino profissional”, para dotar as escolas de “equipamentos tecnológicos ao nível da informática, da multimédia, do ambiente, da indústria”. Em causa está, como sublinhou, “uma excelente oportunidade para ter aqui um centro, não apenas para Tábua e Oliveira do Hospital, mas para toda a região”.
Para projetar o Futuro da Eptoliva, Daniel Costa inspira-se num presente marcado pela elevada empregabilidade dos alunos que se formam na Eptoliva. “Este ano, cerca de 60 por cento dos alunos, que saíram no final do ano, estão a trabalhar na própria área de formação, o que é um número bastante interessante”, afirmou na Rádio Boa Nova. Igualmente “importante é a aposta naquilo que é o acesso ao ensino superior”.
“Valorizámos o ensino profissional e, hoje, os alunos sabem que ao entrarem para a Eptoliva, para além de poderem ingressar no mercado de trabalho, podem ingressar no ensino superior. Temos cerca de 25 por cento dos alunos que concluíram, no ano passado, o curso que estão no ensino superior. Estamos a falar do dobro da média nacional”, avançou Daniel Costa.
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