O Inovação Industrial- A eletrónica e a Mecatrónica Automóvel do futuro foi o tema da 6ª edição de conferências EPTO FUTUROS 2023, numa iniciativa promovida pela EPTOLIVA- Escola Profissional de Oliveira Hospital, Tábua e Arganil.
“Os EPTO Futuros serão este ano uma constante inovação, alargada a vários espaços fora da EPTOLIVA, com várias atividades a decorrer em empresas, associações e espaços exteriores, como forma de levar a Escola a aprender fora de portas, cujo objetivo é reforçar a partilha de experiências e competências, reunindo empresas, entidades promotoras, técnicos e investigadores nas várias áreas formativas, para trazer a perspetiva do mercado de trabalho, da sociedade e do mundo que se espera no futuro, assim como divulgar e potenciar as oportunidades existentes no território, e para o qual o ensino profissional é o melhor preparado para responder às necessidades”, referiu Daniel Dinis Costa, presidente da EPTOLIVA e anfitrião destas conferências.
Falar desafios e oportunidades coube o João Domingues, Diretor do Centro Emprego e Formação Profissional do Pinhal Interior Norte, que se referiu ao interior do país, concretamente à região centro e a capitação de técnicos profissionais é essencial para o mercado de trabalho e desenvolvimento da região, pelo que os condicionalismos geográficos já não constituem qualquer impedimento ao progresso destes territórios, pois hoje, a principal estrada é a estrada digital.
“A Era Digital é tão extraordinária quanto complexa quando se trata de pensar o impacto das novas tecnologias sobre a racionalidade própria do homem num mundo moderno marcado pelo elevado grau de aceleração”, salientou José Alexandre Furtado, Administrador da empresa Sol Alva – Mecânica de Precisão, S.A., cuja intervenção colocou a tónica nas pessoas que são “uma das principais procedências da inovação tecnológica”, reforçando a importância da formação profissional e contínua para responder aos desafios do mundo tecnológico, tão avançado e competitivo. A inovação e a tecnologia dominam a emergência da era digital, para a qual é tão necessária a “precisão de cabeças” como disse José Alexandre Furtado, deixando um repto aos alunos “Estudar compensa sim, mas estudar o quê e para quê?”.
Sem dúvida que áreas como a Eletrónica, Automação e a Manutenção Industrial, que estão em base do futuro da invocação industrial, pretendendo-se neste encontro, conhecer o seu impacto na eficiência, qualidade e competitividade da indústria, através da adoção de novas tecnologias, como a robótica, a Internet das coisas (IoT) , a utilização dos novos materiais ou métodos de produção mais sustentáveis e menos sustentáveis e menos poluentes.
Por isso, a conjetura de um “futuro colaborativo” ganhou destaque com os “Cobots”, os robôs criados para interagir com os humanos em ambientes de trabalho e que dominaram o testemunho apresentado por Luís Rodrigues, Técnico Comercial da Growskills Robotics, com a apresentação de um braço robótico que suscitou muitas questões e curiosidades motivadas pelos alunos.
A sessão finalizou com a apresentação do projeto de modernização tecnológica das oficinas da EPTOLIVA, da responsabilidade dos respetivos diretores dos cursos profissionais de Eletrónica, Automação e Comando, de Mecatrónica Automóvel e de Manutenção Industrial, Tiago Coelho, João Mendonça e João Ferrão, cujas explanações permitiram traçar o futuro próximo desta escola profissional no que respeita às suas instalações formativas, fazendo uma breve caracterização dos espaços atuais afetos às áreas de formação técnica que representam e a intervenção na sua modernização, com especial alusão para o espaço da oficina e de alguns laboratórios, nomeadamente o Laboratório de Automação e Indústria 4.0, o Laboratório de Eletricidade e Energias Renováveis e o Laboratório de Eletrónica e Protótipos, com elevada importância tecnológica e pedagógica, recorrendo à interdisciplinaridade e à implementação de metodologias de ensino baseadas em projetos.
Tiago Fonseca(Aluno estagiário AEOH)