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EPTO FUTUROS de Saúde leva à comunidade “mala de prevenção” para comportamentos de risco

Prevenir comportamentos de risco na adolescência foi o tema escolhido para assinalar o Dia dos cursos profissionais de Técnico/a Auxiliar de Saúde, em funcionamento no Polo de Tábua da EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, marcando também, o regresso do Projeto “EPTO FUTUROS” que em 2024 completa já a sua 7.ª edição.

“Trazer a Comunidade à Escola e levar a Escola à Comunidade, para Juntos pensarmos e agirmos sobre temas atuais e pertinentes, foi o propósito que levou à criação da iniciativa EPTO FUTUROS”, também como forma de dar a conhecer e reconhecer o trabalho que cada curso profissional desempenha ao longo do ano. No caso concreto do curso de Auxiliar de Saúde, que tem a coordenação de Mónica Ferreira, é um dos cursos com maior procura na comunidade, com elevadas taxas de empregabilidade e que também tem ajudado a formar vários alunos no ensino superior”, lembrou o presidente desta escola profissional, Daniel Dinis Costa, referindo-se também à importância do tema escolhido para este encontro.

“A EPTOLIVA é uma escola que discute e reflete os problemas! Não os esconde, pois sabemos que a adolescência é um período propício a comportamentos de risco que exigem uma educação e pedagogia de prevenção, para as quais os meios que dispomos em ambiente escolar nem sempre são suficientes, e só com o envolvimento de todos, conseguiremos estabelecer estratégias de prevenção e de construção de comportamentos e estilos de vida saudáveis nos nossos estudantes”, algo que o Presidente da EPTOLIVA tem continuamente alertado e discutido nos vários fóruns de educação onde participa.

E foi neste contexto que a “Mala de Prevenção”, que tem corrido o país e o mundo, pelas mãos do médico psiquiatra, Luís Patrício, chegou agora a Tábua, para ajudar a prevenir “o mau uso e o abuso do uso de substâncias psicoativas e de atitudes/comportamentos de risco” como se podia ler num dos slides deste encontro.

Luís Patrício, um dos mais destacados especialistas nacionais na área das patologias aditivas, reconhecido a nível nacional e internacional nesta temática, explanou de forma entusiástica, interativa e sem tabus, uma problemática preponderante em adolescentes, no vasto auditório constituído por alunos do curso de Auxiliar de Saúde, professores, encarregados de educação, assistentes sociais, profissionais de saúde do SUB de Arganil, UCSP de Tábua e de Oliveira do Hospital, e Bombeiros Voluntários de Tábua e de Vila Nova de Oliveirinha.

Com um conjunto de calendários ilustrados com mensagens de reflexão e o apoio da “Mala da Prevenção”, de onde saíram alguns livros, objetos e jogos, Luís Patrício falou de uma sociedade “consumista”, que nos convida a muitos e a variados gastos, de dependências patológicas sem substancias aditivas, da Geração Smartphone “agarrada” à internet e de “substâncias e comportamentos legais e nada legais para a Saúde e bem-estar Individual, Familiar, Comunitário e Social”, provocados pelo uso de álcool, drogas e tabaco.

“Educação em Prevenção é mesmo Educação. Serve as Pessoas. Vai por dentro e para dentro. Tem exigências. Robustece. Dá Trabalho. Faz pensar. Responsabiliza pelas escolhas feitas”, concluiu Luís Patrício, referindo-se à ausência de políticas de intervenção e prevenção que urgem acontecer numa contemporaneidade que acusa sintomas de mal-estar, aumento de consumos e o desamparo de quem se encontra em risco crescente.

Destacando a dinâmica da EPTOLIVA empreendida à iniciativa EPTO FUTUROS como oportunidade de educação não formal, David Pinto, vereador com o pelouro da Juventude na Câmara Municipal de Tábua, enalteceu a escolha e a pertinência do tema associado a este encontro enquanto “espaço de cidadania ativa, partilha de conhecimento e de interação com profissionais, agentes sociais, famílias e comunidade, permitindo trazer importantes contributos para a prevenção de comportamentos de risco, cada vez mais frequentes no panorama da realidade atual, e para o qual os futuros técnicos de Auxiliar de Saúde terão que estar preparados como cidadãos e como profissionais de saúde”.

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