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Episódio de violência põe a descoberto “insegurança” no Bairro João Rodrigues Lagos

Os moradores do Bairro João Rodrigues Lagos, na cidade de Oliveira do Hospital, não podiam estar mais receosos. O episódio de violência extrema, que deixou “quase morta” uma moradora na madrugada de sábado, fez disparar o sentimento de insegurança que já há algum tempo toma conta dos moradores.

Uma mulher de 56 anos foi encontrada na manhã de sábado, violentamente agredida com sinais de tentativa de violação no interior da casa onde habitava, logo à entrada do Bairro João Rodrigues Lagos. Há vários anos que por ali se vivem dias de medo e de insegurança, porém confessam os moradores que estavam longe de imaginar que um episódio desta violência ali pudesse acontecer. Mais estupefactos ficam por a vítima ser uma mulher vista como “uma jóia de rapariga” que “falava com toda a gente, mas não dizia mal de ninguém”. A optar pelo anonimato por receio de represálias, os moradores contam que nunca ali houve problemas. Para um dois mais recentes habitantes do bairro “até devia haver pena de morte” param quem maltratou a vizinha.

O caso fez adensar o sentimento de insegurança no Bairro social da cidade já referenciado por crimes de roubo e tráfico de droga. “Eu tenho medo. A Guarda mandou-nos tirar a chave”, contou uma moradora, enquanto outra referenciou o caso de um assalto de que também foi alvo há pouco tempo. “Dantes a polícia andava aqui mais. Agora não vêm cá”, concordam as moradoras, contando que durante a noite anda sempre gente no bairro e batem às portas, fazendo até os cães ladrar. São várias as vezes que os moradores chamam a GNR que acorre ao local.

No bairro há três anos, um outro morador conta que só ali está porque precisa. À Rádio Boa Nova conta que não receia por si, mas antes pela esposa e os filhos. No entanto não esperava uma situação como a que ocorreu de sexta feira para sábado, porque até aqui o que se pressentia era a droga. Entende que este é “um bairro inseguro”.

Com medo de dia e de noite, os moradores querem maior vigilância no bairro onde já se viveu em paz e com segurança e onde se podia estar “sentados na escada até às duas ou três da manhã”. Tudo mudou, segundo contam, desde a chegada de gente estranha, que chamam de “tralha”. “Vêm para aqui raparigas com Mercedes e tudo. Vão ali para o lar que andam a fazer, metem-se lá dentro. Aquilo é uma palhaçada, sei lá…”

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