A Zona Industrial de Oliveira do Hospital vai ser transformada numa Área de Acolhimento Empresarial de Nova Geração no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A informação vai avançada, esta manhã, pelo presidente do Município confirmando o apoio de 7,5 milhões de Euros.
Na primeira entrevista à Rádio Boa Nova, passados três meses desde que tomou posse, José Francisco Rolo partilhou que a sua primeira decisão como presidente foi de “reunir a equipa da Zona Industrial de Oliveira do Hospital para dar um novo impulso àquele projeto (de ampliação), naturalmente dar-lhe uma outra dimensão de área de acolhimento industrial de nova geração, e que levou à formalização de uma candidatura (ao PRR) para introduzir centralidade, modernidade e competitividade à Zona Industrial”.
Disse que, por isso, “o PRR nos atribuiu 7,5 milhões de investimento para instalar 5G na Zona Industrial e pontos de carregamento de hidrogénio”. “Já não é o carregamento elétrico, já estamos mais à frente na nova tendência dos domínios dos combustíveis não fósseis, das ditas energias renováveis”, afirmou o autarca, explicando que o objetivo da candidatura aprovada é de ” baixar o custo energético das empresas instaladas na Zona Industrial e outras, criar uma comunidade de energia renovável” e “transformar aquilo que é a zona industrial com ilhas de qualidade energética”.
Até 2025, a atual Zona Industrial da cidade será convertida numa Área de Acolhimento Empresarial de Nova Geração, dispondo de “potência adequada e ajustada de alta qualidade”. Neste projeto, o Município está a trabalhar com ” grandes parceiros nacionais” como a “E-redes e a Altice”, para “de facto, dar competitividade, centralidade e dinamismo à Zona Industrial de Oliveira do Hospital que ficará próxima do nó do IC6”.
Em entrevista à Rádio Boa Nova, José Francisco Rolo destacou também as obras que estão em curso “de instalação de uma unidade de abastecimento de gás natural na zona industrial da cidade”.
“É, de facto, dar força , dar competitividade à Zona Industrial de Oliveira do Hospital. É preciso medir quantos concelhos têm gás natural para disponibilizarem às suas empresas e aos cidadãos”, avançou o autarca, justificando assim o atraso na conclusão dos trabalhos de ampliação e requalificação da Zona Industrial, iniciados pelo anterior executivo, para o qual também contribuiu uma situação com “uma adutora das Águas do Vale do Tejo que teve que ser resolvida”.
“Nós não podemos perder a oportunidade de ter uma unidade de abastecimento de gás natural, que nos põe ao nível daquilo que são as médias cidades da região, do país e das sedes de distrito. Oliveira do Hospital tinha que ter gás natural”, considerou José Francisco Rolo, observando que “quem se mete a obras de grande alcance, intervenções de grande dimensão tem que estar preparado para que as obras não avancem com a velocidade desejada”.
“Nós queríamos ter a obra perfeitamente concluída dentro dos prazos, mas o importante é que ela decorra , seja concluída, tenhamos um regulamento e que os lotes sejam atribuídos”, defendeu ainda o autarca. Continuou, considerando que “as obras são imparáveis e, se forem para valorizar o território, os investimentos e as empresas de Oliveira do Hospital, elas nunca vão parar”
O atual projeto de ampliação da Zona Industrial prevê a criação de 27 novos lotes e José Francisco Rolo assegura que “tem havido uma grande procura”.
Veja a entrevista na íntegra: