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Entregues mais três casas no concelho oliveirense. “Na região, cerca de 55% estão concluídas e pagas”

Foram entregues mais três habitações que foram destruídas pelo grande incêndio de 2017, no concelho de Oliveira do Hospital. “Na região Centro, das cerca de 800 habitações incluídas no programa de apoio, estão 55% concluídas e pagas”, garantiu Ana Abrunhosa.

Na manhã da passada sexta-feira, aos proprietários das habitações danificadas, nas freguesias de Seixo da Beira e de Nogueira do Cravo, foram-lhes entregues as chaves, na presença de José Carlos Alexandrino, presidente do Município de Oliveira do Hospital Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

Segundo Ana Abrunhosa, “na região Centro estão 55% concluídas e pagas”, sendo que, no concelho de Oliveira do Hospital, das cerca de 123 habitações, 70 estão concluídas”. “Estamos a entregar as últimas”, referiu, adiantando que “as restantes estão em diferentes fases de obra” e, para a semana, “vai ser entregue um conjunto vasto de habitações, cerca de 30”.

“Andaremos nisto todas as semanas. A nossa estimativa é que a esmagadora maioria esteja concluída em finais de março. Outras ainda não estarão concluídas nessa fase mas o prazo limite que temos acordado com as empresas de construção é junho de 2018”, referiu.

Na ocasião, a presidente da CCDRC fez questão de desmentir a falta de dinheiro para pagamento das obras. “Eu nem sei de onde é que surgiu essa ideia. O orçamento da CCDRC foi reforçado em 60 milhões de euros, verba que, neste momento, é mais do que suficiente para o programa de apoio. Dos cerca de 60 milhões, já pagámos 30,6 milhões”, explicou a responsável.

Para Ana Abrunhosa, estas especulações “colocam em causa as entidades que aplicaram a lei”. “Somos todos responsáveis. Não podemos estar à espera que seja o governo a fazer tudo quando, muitas das vezes, basta o nosso tempo, nós ajudarmos quem está a sofrer”, disse, defendendo que “a sociedade não está preparada para estas calamidades”.

Por sua vez, José Carlos Alexandrino, referiu que “cada vez que se entrega uma casa, é conquistar a felicidade de uma família”. “Aquilo que desejamos é chegar ao final deste percurso e ter a certeza que seremos pessoas mais felizes porque também há um conjunto de famílias mais felizes”, disse.

Voltando a frisar as dificuldades associadas à burocracia, o autarca afirma que “o importante não é o que está feito mas sim o que ainda falta fazer”.

Ainda em declarações aos jornalistas, José Carlos Alexandrino fez questão de adiantar que o Município está “a fazer um esforço enorme, em termos orçamentais, para a recuperação das casas de segunda habitação”.

“A Câmara Municipal fará um forte investimento do seu próprio orçamento, o que quer dizer que abdicamos de outras obras para realizar estas”, referiu, concluindo que estas habitações “são importantes no património arquitetónico das aldeias e da sua identidade”.

Maria Conceição, Abílio e Odete Brás, Isabel Rodrigues e Alexandre Gonçalves anseiam agora desfrutar das suas casas reconstruídas e desejam nunca mais passar por tragédia igual.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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