Foram entregues mais duas casas no concelho de Oliveira do Hospital que, no trágico incêndio de outubro de 2017, ficaram reduzidas a cinzas.
Em Oliveira do Hospital, das 123 casas apoiadas pelo Programa de Reconstrução de Habitações Permanentes, “estão concluídas e entregues 75” e 48 “ainda estão em fase construção”.
Os dados foram revelados, esta manhã, por Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), num ato de entrega de duas casas nas Seixas, freguesia de Seixo da Beira.
Em declarações aos jornalistas, Ana Abrunhosa deu conta de que, na região Centro, “das 800 casas que fazem parte do apoio, estão entregues 475 habitações, ou seja 60%”. No que diz respeito ao concelho oliveirense, a presidente da CCDRC afirmou que “das 123 casas, estão concluídas e entregues 75”, faltando ainda 48 que estão “em diferentes fases de construção”.
“O nosso objetivo é ter todas as casas concluídas no final de junho, sendo que a esmagadora maioria estará concluída na Páscoa”, referiu Ana Abrunhosa, reforçando que “algumas situações iniciaram mais tarde devido a problemas administrativos que são obrigatórios resolver”.
Por sua vez, José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, disse que o objetivo era “entregar o maior número de casas até à Páscoa”, referindo que “há algumas exceções”.
“Depressa e bem não faz ninguém”, assim defendeu o autarca que, uma vez mais, enalteceu o trabalho da CCDRC, da equipa da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia. “Sempre que acontecem estas entregas é um dia de felicidade”, garantiu.
Na ocasião, José Carlos Alexandrino fez questão de adiantar que já estão abertas as candidaturas destinadas para a reconstrução das segundas habitações, também destruídas pelo grande incêndio.
“Devemos fazer a triagem para perceber se é preciso, ou não, irmos ao Fundo de Apoio Municipal buscar algum dinheiro. Eu acredito que não, pois seremos capazes de o suportar. Só gostaria que o Governo pudesse libertar o dinheiro que o Município tem do Fundo de Apoio Municipal”, referiu o presidente. “Era importante que, em vez de estarmos a pedir dinheiro emprestado, nos dessem o dinheiro que lá temos e, com ele, resolvíamos o problema das segundas habitações em Oliveira do Hospital”, concluiu.
Manuel Henriques Ramos e a família Nelso Costa, Sandra Tavares e os filhos Guilherme Costa e Joana Costa mostraram-se emocionados neste dia em que, finalmente, puderam regressar às suas casas.
Beatriz Cruz