Doze concelhos dos distritos de Viseu, Bragança, Guarda e Vila Real apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em risco máximo de incêndio estão os concelhos de Tabuaço, São João da Madeira (Viseu), Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Mogadouro, Miranda do Douro, Vimioso, Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela (Bragança), Valpaços e Chaves (Vila Real).
O IPMA colocou também mais de 50 concelhos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Guarda, Vila Real, Viseu e Bragança em risco muito elevado.
O risco de incêndio vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até domingo.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.
Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
O risco de incêndio muito elevado previsto para os próximos dias levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a alertar a população para que tenha “o máximo cuidado” na utilização do fogo, como a realização de queimadas, nos espaços rurais.
A Proteção Civil elevou na terça-feira o estado de alerta especial do dispositivo para o nível amarelo em nove distritos, na sequência de previsões meteorológicas que apontam para temperaturas elevadas, tendo o Governo autorizado a ativação de um reforço máximo de 100 equipas de combate a incêndios até sábado.
Segundo a ANEPC, estão desde as 00:00 em alerta especial amarelo, o segundo menos grave numa escala de quatro, os meios colocados nos distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém, Vila Real e Viseu.
A ANEPC tem cinco Estados de Alerta (para colocar de prevenção agentes de proteção civil), o Verde, de situação de normalidade, e quatro especiais: o Azul, de um grau de risco moderado, o Amarelo, de gravidade moderada, o Laranja, de grau de risco elevado, e o Vermelho, de grau de risco extremo.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) tem meios operacionais permanentes durante todo o ano, que tem o seu primeiro aumento adicional a 15 de maio, sendo reforçado até atingir a sua capacidade máxima entre julho e setembro.
O DECIR para este ano vai ser aprovado hoje na Comissão Nacional de Proteção e Civil e a apresentação oficial vai ocorrer no sábado em Castanheira da Pera.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que desde o início do ano ocorreram 2.986 incêndios rurais que provocaram 9.376 hectares de área ardida, sendo a maioria em zona de mato.
LUSA