Prezados Senhores,
Gostaríamos de exercer o nosso direito de resposta, para abordar a crítica feita pelo Sr. Luís Torgal, em relação ao Chega e a André Ventura, sugerindo que o partido e o seu líder estão associados a valores fascistas e antidemocráticos
Enquanto reconhecemos que a crítica levantada, preocupada com a possibilidade de um aumento do apoio eleitoral do Chega, é legítima, contestamos veementemente a sugestão, de que o partido possa contribuir para a erosão do regime democrático português, considerando-a ilegítima.
Contrariando essa visão retrógrada do Sr. Luís Torgal, apresentamos algumas ideias, que fundamentam a noção de que o Chega não pode ser dissociado do regime democrático, pois este é a base estrutural de uma relação saudável e crescente:
- O Chega é um partido com ideias claras, justas, coerentes e exequíveis. O seu programa eleitoral, que vai ser sufragado no próximo dia 10 de março de 2024, está a ser sujeito a um debate e monitorização constante, que permite que as suas propostas, sejam avaliadas de maneira aberta e clara. A justiça e a coerência dessas propostas, dependem da perspetiva ideológica de cada indivíduo, que será expressa nas urnas nas próximas eleições legislativas.
- O Chega tem a felicidade e o gosto de poder contar com pessoas justas e cultas. A crítica que questiona a capacidade do partido em contar com quadros qualificados para implementar as suas políticas é infundada. Os milhares de militantes e simpatizantes do nosso partido, possuem diversas experiências profissionais e competências políticas variadas, e julgá-los sem qualquer conhecimento de base é injusto, para além de ser uma ofensa à legitimidade de cada um dos nossos representantes, adquirida através dos votos dos portugueses.
- O Chega não contribuirá para agravar os problemas do regime democrático, porque apresenta as suas ideias baseadas numa oposição que cumpre um papel fundamental numa democracia saudável, respeitando os princípios democráticos e evitando posturas extremistas que ameacem o sistema.
- A comparação do Chega com a possibilidade de surgimento de um novo ditador, é uma conjetura extrema e infundada. Reflete uma obsessão genuína de extremistas de esquerda, esses sim, que ajudaram o país a chegar ao estado em que se encontra, e que historicamente têm defendido ditaduras “ditas de esquerda”, contribuindo para o desequilíbrio e a destabilização global.
Em última análise, a avaliação do impacto do Chega e do seu líder no cenário político atual e na democracia portuguesa pode estar sujeita a diferentes interpretações, mas é essencial que os cidadãos participem no debate político de forma informada. O povo tem de ser capaz de distinguir o trigo do joio, portanto não é necessário que o debate seja baseado e intoxicado por ideias infundadas ou extremas.
João Rogério Veloso da Silva
Coordenador autárquico do partido CHEGA de Oliveira do Hospital