A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 1.167 pessoas e registou 11.176 crimes de violência doméstica até ao final do mês de setembro.
Os dados provisórios, recolhidos até 30 de setembro, estão já muito próximos dos de todo o ano de 2021.
Naquele que é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a campanha “Submissão Não é Opção” é direcionada para a prevenção de comportamentos violentos contra as mulheres, “atendendo a que a violência se dissimula sobre diferentes formas”.
Segundo um comunicado daquela força de segurança, o objetivo é “sensibilizar a comunidade em geral para a consciencialização sobre a igualdade de género e a promoção de uma cultura de não-violência, assim como sensibilizar os diferentes públicos-alvo para o fenómeno da violência contra as mulheres, sobretudo a violência doméstica, violência no namoro, violação e outras agressões sexuais”.
Já a PSP deteve este ano 802 pessoas por violência doméstica, mais 35% face à média dos últimos cinco, e registou 13.285 queixas, um aumento de 6,3%, tendo ainda apreendido 279 armas relacionadas com este crime.
A PSP precisa que a violência psicológica é a mais denunciada, tendo representado no ano passado 96% das queixas, seguida da violência física, e a maioria das vítimas (80%) são mulheres.
Em comunicado, a PSP refere que “os comportamentos violentos, físicos, verbais ou psicológicos, que consubstanciam o crime de violência doméstica merecem constante atenção por parte da Polícia de Segurança Pública, numa lógica de prevenção, sinalização precoce, proteção das vítimas e permanente trabalho em rede com outras entidades relevantes nesta temática”.
Neste âmbito, a PSP destaca os polícias com formação específica em policiamento de proximidade e, em particular, no contexto da proteção das vítimas de violência doméstica, através das Equipas de Proteção à Vítima (EPAV).
A PSP alerta para a necessidade de as vítimas e testemunhas “manterem a disponibilidade de denúncia das situações de violência doméstica”, sublinhando que todas as situações sinalizadas são “de imediato alvo de avaliação de risco” para serem adotadas, com “brevidade, as medidas de segurança de proteção da vítima”.