Há um novo surto do vírus ‘monkeypox’ em Portugal. A informação foi confirmada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no seu relatório mensal, de 30 de junho, no qual refere que, no referido mês, foram identificados 12 novos casos de mpox, depois de cerca de três meses sem novos casos.
A DGS informa que, entre 3 de maio de 2022 – mês em que foram diagnosticados os primeiros casos em Portugal – e 30 de junho de 2023, já foram identificados 965 casos confirmados laboratorialmente, incluindo um óbito.
“Desde 27/03/2023 que não eram reportados novos casos em Portugal, embora se tenha mantido o envio regular de amostras de casos suspeitos para o INSA [Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge] com resultados negativos até 18 de junho de 2023. Os 12 novos casos foram reportados entre 19 e 30 de junho”, revela o documento.
A DGS nota que, tendo em conta que não eram reportados casos desde março de 2023, “importa analisar, de forma específica, o surto agora identificado”. A informação disponível de 7 dos 12 novos casos aponta que “todos são do sexo masculino e residem na Região de Lisboa e Vale do Tejo, seis dos quais de origem estrangeira”.
“A maior parte (5, 71 %) tem idade compreendida entre os 20 e os 29 anos, apresentando um padrão mais jovem do que o surto anterior”, refere a autoridade de saúde, que acrescenta ainda que, nos termos de quadro clínico, “o exantema está confirmado em 5 (71%) dos casos com informação disponível”.
“De entre o reporte de informação relativa a infeção por VIH, 4 (57 %) casos tem diagnóstico com esta infeção”, acrescenta.
Sobre o contexto epidemiológico, quatro casos “negam viagens”, sendo “desconhecida” a informação dos restantes. “Dois dos casos referem visitas a saunas, 4 negam, 1 com informação por apurar”, indica ainda.
Desta forma, a DGS destaca a importância do cumprimento das orientações e normas em vigor relativas ao mpox, devendo cumprir-se a deteção precoce, a confirmação laboratorial de casos e a gestão de casos e contactos, com “enfoque para a vacinação com duas doses”.
A DGS diz estar a alinhar com a Comissão Técnica de Vacinação a revisão da norma de vacinação e com a sociedade civil as estratégias de reforço de vacinação.