A Assembleia Intermunicipal da Região de Coimbra e os municípios que utilizam o Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) da ERSUC deliberaram manifestar veemente a sua posição contra a proposta de subida do tarifário da ERSUC para os próximos anos (2023/2024) e acompanhar, desta forma, a posição do Conselho Intermunicipal.
Segundo nota enviada à Rádio Boa Nova, a ERSAR pretende aprovar um aumento da tarifa de 160,3% em quatro anos, se compararmos a tarifa de 2024 (75,37 €/ton) com a tarifa de 2020 (28,96 €/ton). Este aumento, realçam, vai ter um impacto significativo na fatura paga pelos munícipes.
Os deputados intermunicipais e os municípios da Região de Coimbra, bem como os seus presidentes de Câmara, estão contra este aumento descontrolado de preços, principalmente pelo impacto que vai ter no bolso dos consumidores.
Após uma avaliação para medir o impacto do aumento tarifário proposto pela ERSAR para os 16 municípios da CIM que utilizam este SGRU, verificou-se que a tarifa de gestão de resíduos terá um aumento de 160,3% até 2024. Além do aumento brusco que se perspetiva na tarifa da ERSUC, a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) vai aumentar 218,2% entre 2020 e 2025, o que vai ter um impacto enorme no erário dos municípios.
Os deputados da Assembleia Intermunicipal acompanham a decisão dos municípios da Região de Coimbra, que deliberou solicitar ao regulador uma clarificação desta proposta, uma vez que consideram que a mesma é desajustada e ignora o contexto atual demonstrando enorme insensibilidade.
Os autarcas da CIM Região de Coimbra estão, ainda, a ponderar avançar com um pedido de auditoria de gestão à ERSUC, no sentido de apurar os motivos que levaram à degradação dos seus resultados financeiros e aos aumentos consequentes das tarifas.
A Assembleia Intermunicipal e o Concelho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra manifestam a sua preocupação com a atual conjuntura económico-social e estão atentos a medidas que possam agravar a economia familiar dos munícipes.