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Delegações de Agricultores concentram-se na Assembleia da República para “reclamar políticas capazes”

Um ano após o grande incêndio de 15 de outubro, a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) consideram “lamentável” o processo de recuperação na região.

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, os responsáveis afirmam que “as coisas não têm andado bem” e “quem sofre as consequências, são as populações, os lesados e o ambiente”.

Segundo a nota distribuída pela população oliveirense, consideram que “a realidade mostra que a recuperação que se exige está mais do que atrasada”, o que se traduz “num escândalo nacional”.

A ADACO e a CNA não se conformam pelo facto de o apoio aos agricultores ter sido reduzido. “Os produtores pecuários e os agricultores com várias culturas permanentes saem a perder bastante”, afirmam.

No comunicado é evidente a insatisfação perante o estado atual da floresta que, “na sua grande parte, permanece queimada”. “Está desvalorizada e a ser pasto de pragas e doenças que, agora, estão a dizimar o Pinhal que não ardeu no fogo”, referem, alertando para o facto de “eucaliptos e mimosas se alastrarem em força como árvores invasoras”. “ O Programa de Desenvolvimento Rural, PDR 2020, não tem correspondido às necessidades”, acrescentam.  A Para a ADACO e a CNA deve haver uma “a definição e aplicação urgentes de programas integrados de Prevenção de Incêndios Florestais / Rurais, Recuperação e Ordenamento da Floresta, de Controlo de Pragas e Doenças da Floresta”, sendo estes programas apoiados, técnica e financeiramente pelo Governo e definidos em colaboração com autarquias, organizações agroflorestais, proprietários e produtores florestais.

Para além da insatisfação perante o estado da agricultura, os responsáveis também se mostram preocupados com a recuperação das habitações destruídas pelo incêndio.

“A recuperação das habitações ardidas está muito atrasada e passa já um ano desde o grande fogo”, dizem, acusando o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro responsáveis pelo “escandaloso atraso”.

Já no que diz respeito ao apoio às famílias das vítimas mortais e feridos graves, consideram que “não tem havido reclamações, o que se regista como positivo”.

Perante a incompreensão relativa à demora no processo de reconstrução da região após o flagelo, as Delegações de Agricultores têm uma concentração marcada para o dia 8 de novembro, pelas 15h30, à frente da Assembleia da República, em Lisboa.

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