Rui Monteiro opôs-se, esta semana, à declaração feita pelo Primeiro Ministro, Luís Montenegro, no momento em que anunciou uma “task force relativamente à investigação criminal” em torno dos autores de fogo posto.
No programa Vice-Versa da Rádio Boa Nova, o representante do Partido Socialista, que é também deputado Municipal na Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, considerou a declaração de Luís Montenegro “extremamente infeliz”, notando que “não é este o problema” em torno dos incêndios florestais que voltaram a assolar o país, nas regiões do Norte e Centro.
Monteiro situa a raiz do problema na incapacidade dos sucessivos governos em “conseguir demonstrar aos proprietários que a floresta é rentável”.
“Enquanto não se conseguir arranjar pessoas que tratem efetivamente a floresta e parar alguma sangria que existe destes territórios; enquanto não se conseguir, através de um instrumento legislativo, a efetiva posse administrativa de terrenos por parte do Estado no sentido de não só os limpar, mas os gerir e que haja também os meios económicos financeiros para que isso seja feito de forma eficaz, estes incêndios vão continuar a acontecer”, considerou.
