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CPCJ da Beira Serra querem famílias mais envolvidas na proteção das crianças e jovens

Oliveira do Hospital é, hoje, o concelho anfitrião do encontro que, durante todo  dia, junta as Comissões de Proteção de Crianças… 

… e Jovens (CPCJ) da Beira Serra com o objetivo de evidenciar o “Papel da Família no Sistema de Promoção e Proteção”.

Para além da CPCJ organizadora (de Oliveira do Hospital), o encontro conta com representantes das CPCJ de Arganil, Tábua, Góis e Pampilhosa da Serra, bem como a representantes da Segurança Social e da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens.

Na sessão de abertura, José Francisco Rolo, presidente da CPCJ de Oliveira do Hospital e vice-presidente da autarquia oliveirenses mostrou-se confiante no encontro, na certeza de que os participantes sairão “com ideias e mais capacitados para melhorar” a intervenção das várias CPCJ. “É esta a razão de ser deste encontro com especial enfoque para o papel da família”, referiu o responsável, que disse não acreditar em intervenções “do tipo Top-Down, do gestor de caso para a criança”. “Só envolvendo as famílias é que conseguimos alterar situações sinalizadas, em casos de sucesso. Acima de tudo, temos a responsabilidade de cuidar das crianças e jovens e formar cidadãos responsáveis e equilibrados para o futuro. É essa a nossa obrigação”, referiu.

Reportando-se ao caso concreto de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo informou que o número de processos estabilizou “na ordem dos 79”, notando que as “principais problemáticas são a violência doméstica, o absentismo e abandono escolar e os comportamentos desviantes como os consumos e o bullying”. Ainda assim, o presidente da CPCJ oliveirense mostrou-se satisfeito por a organização internacional KidsRights, que monitoriza os sistemas de proteção em vários países europeus, verificar que “Portugal está no 2º lugar do top 10 de países que mais cuida das suas crianças”.

A motivar grande preocupação ao responsável concelhio está a “desregulação que as crianças têm no acesso e uso dos sistemas digitais, em especial as redes sociais. “É preocupante o nível de intensidade e complexidade de algumas situações sinalizadas”.


Fátima Gonçalves da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens sublinhou a importância do trabalho de prevenção e no “agir em rede”. “Este agir em rede que congrega desafios, riscos, recursos, capacidades e responsabilidades e resultados numa ação comprometida para o bem cuidar”. A responsável defendeu, assim, uma “cultura colaborativa” de que é prova “este encontro das CPCJ da Beira Serra”.

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