Os especialistas defendem que a segunda vaga de infeção do novo coronavírus poderá ser evitada em Portugal se os jovens e a sociedade em geral reduzirem os seus contactos comparativamente ao “tempo pré-covid”, e se os casos assintomáticos forem controlados.
“A reabertura das escolas, no seguimento das medidas de relaxamento do confinamento, tem uma grande propensão para originar uma segunda onda, mas há uma boa noticia que é a de que a segunda onda não é uma fatalidade, não é uma coisa inevitável e conseguimos até estimar o que podemos fazer para a evitar”, disse o especialista.
De acordo com os modelos matemáticos apresentados, para que se evite uma segunda vaga do novo coronavírus em Portugal é preciso ter em conta “duas circunstâncias”: os contactos na sociedade e os contactos nas escolas.
Segundo Manuel do Carmo Gomes, se aquando da reabertura das escolas os contactos nas escolas forem reduzidos em 30% em relação à época “pré-covid”, “a probabilidade de uma segunda onda é muito baixa”.
No entanto, para evitar o surgimento da segunda vaga, o especialista defendeu que será também necessário que os contactos na sociedade sejam reduzidos para metade daquilo que era o “pré-covid”, uma vez que “não basta alterar o comportamento dos jovens nas escolas”.
Fonte: Lusa