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Covid-19: Oliveirense Carlos Antunes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, estima pico da pandemia

O oliveirense Carlos Antunes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,  está a acompanhar os números da pandemia Covid-19 em Portugal e a compará-los com outros países,…

… com o objetivo de projetar o momento em que no país se venha atingir o pico.

Em direto, no noticiário das 15h00 da Rádio Boa Nova, Carlos Antunes que tem vindo a partilhar os seus estudos na rede social facebook, explicou que  está  a “acompanhar os números e através de modulação numérica matemática” e assim “ a tentar projetar”. “É um método empírico com algum erro, mas com alguma robustez porque tenho tentado ajustar esse método ao crescimento e número de casos de outros países europeus, China e Coreia. Foram esses dois países que permitiram tornar o método mais robusto em termos de projeção”, explicou.

De dia para dia, Carlos Antunes verifica que “os números não variam de forma linear, contínua”, porque se verifica “um atraso” no processo de testes e validação e input na estatística.

Neste trabalho de projecção, o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa está em contacto com a equipa da Faculdade Ciências liderada por Manuel Gomes, que apoia a Direcção Geral da Saúde e Instituto Ricardo Jorge. “Verificamos uma oscilação. É um processo que não é linear, há dias com mais casos, dias com menos casos”, referiu à Rádio Boa Nova.

“A questão do pico, é o momento em que pára de crescer o número de casos. Há uma dinâmica que é resultado das medidas de contenção. A ideia é travar a velocidade de propagação. A velocidade de contágio era de dois, três para cada infetado, agora é já abaixo de dois. O que se pretende é que a curva de novos infetados seja estendida mais para a frente, o que dá maior capacidade ao Serviço Nacional de Saúde de absorver os novos infetados. Se assim não fosse causava o caos ao SNS”, observou.

Carlos Antunes lembrou na Rádio Boa Nova que “temos muitas vantagens em retardar a propagação da infecciosidade”. “O que observo com os novos números (de 23 de março) é que a estimativa para o pico, ontem dava-me dia 6 de abril, e hoje dá-me para dia 11. Isto é consequência do impacto das medidas tomadas”, referiu.

Quanto ao número total de infetados, que hoje se sabe que são 2060, Carlos Antunes, nota que não é possível prever. “Conseguimos prever a rapidez e o pico, mas para além disso não sabemos. É prematuro dizer se termina em maio, em junho ou mais para a frente”, frisou na Rádio Boa Nova.

Quanto às medidas de proteção de cada um para contrariar o contágio, Carlos Antunes disse que confirmar-se “que o vírus pode ficar no ar até 3 horas, se eu usar uma máscara há uma menor probabilidade de acontecer (o contágio)”. “Há uma mensagem para que as pessoas não corram às máscaras. Mas a mensagem dos chineses e italianos é protejam-se. Nós temos que nos proteger, porque reduzimos a probabilidade de contrair o vírus, reduzimos a possibilidade de contagiar os familiares e amigos, mesmo estando em isolamento social”, considerou.

Direto na íntegra às 15hoo na Rádio Boa Nova

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