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Covid-19: Há 198 surtos ativos em Portugal. 127 são na região de Lisboa

A conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus já começou e conta hoje com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido, e o Subdiretor-geral da Saúde, Diogo Cruz.

Tal como tem acontecido, o briefing das autoridades de saúde tem lugar depois da distribuição do boletim epidemiológico que, esta sexta-feira, revelou que Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais sete mortos e 313 infetados pelo novo coronavírus. No total, desde que o início da pandemia, o nosso país registou 1.712 óbitos e 49.692 diagnosticados com Covid-19.

A ministra da Saúde começou por salientar que Portugal tem, neste momento, 420 pessoas hospitalizadas, “o número mais baixo desde 24 de março. Do total de internados, 271 doentes encontram-se em seis hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT)

Marta Temido anunciou também que, apesar da maioria dos casos ativos se localizarem em LVT (68%), registou-se uma recuperação dos números de infetados nesta região.

Sobre os surtos ativos, a governante revelou que são, neste momento, 198 espalhados por todo o país: “40 na Região Norte, 13 na Região Centro, 127 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco na Região do Alentejo e 13 na região do Algarve”.

País está numa situação “confortável”

Ainda antes de passar a palavra aos jornalistas para as habituais questões, Marta Temido garantiu que Portugal está numa situação “confortável”.

“O país teve uma taxa de incidência nos últimos sete dias de 15,7 novos casos por 100 mil habitantes e uma taxa de incidência nos últimos 14 dias de 37,1 novos casos por 100 mil habitantes, o que situa o país naquilo que, quanto a este indicador, num padrão bastante confortável, embora haja ainda muito trabalho para fazer”, frisou a ministra da Saúde esta sexta-feira.

Relativamente ao RT, a governante disse que recebeu hoje, a atualização do Instituto Ricardo Jorge, e registou-se “também aqui a evolução é muito favorável. Para os dias 16 a 20 de julho, situa-se agora para a média nacional nos 0,92, com um intervalo de confiança de 95%”.

Ainda é “precoce” falar em preços e datas para vacina, mas DGS “tem uma estimativa”

Questionada sobre os preços e datas das vacinas contra a Covid-19, a ministra da Saúde garantiu que Portugal está a acompanhar a evolução destas, através do Infarmed, que “tem participado em reuniões que estão a ter uma periodicidade semanal com os 27 Estados-membros e com a coordenação da Comissão Europeia, de coordenação das interações com a indústria farmacêutica, no sentido de garantir que todas as linhas em que há investigação e desenvolvimento de vacinas têm um acompanhamento da nossa parte, de forma a que consigamos garantir que temos acesso àquelas que venham a ser as primeiras vacinas, em condições de segurança e qualidade”.

Marta Temido revelou ainda que algumas dessas vacinas estão já na fase III de investigação. “Há neste momento oito consórcios da indústria farmacêutica que estão num processo mais avançado e mais promissor de investigação. Algumas dessas vacinas estão já na fase III de investigação. De qualquer forma, é ainda precoce estar a avançar com números. É evidente que a DGS tem uma estimativa, mas é precoce estar a avançar com a informação do número de doses, eventuais preços ou datas efetivas para a sua disponibilização”, acrescentou.

Já sobre os profissionais de saúde infetados, a governtante recordou que, ontem, “foi promulgado pelo Presidente da República o Orçamento Suplementar” e que há lá “um artigo que protege estes trabalhadores”.

Ou seja, “os trabalhadores do setor da saúde estão dispensados de fazer prova de que a doença é uma consequência direta da atividade exercida e, por outro lado, os trabalhadores que estão em contrato individual de trabalho têm equiparação para efeitos de dispensa de prova e de indemnização por doença profissional, sendo assegurado o pagamento a 100% da retribuição relativamente às ausências por motivo de doença profissional”.

Marta Temido disse ainda que até à data foram registados 4.114 profissionais infetados, dos quais 3.463 já estão recuperados. “A questão do critério da testagem de profissionais de saúde é algo que temos acompanhados e estará ainda num processo de evolução”, adiantou.

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