O Governo decidiu esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, prorrogar a situação de alerta para a covid-19. A ministra da Saúde fez um balanço da pandemia em Portugal que agravou, na última semana, com a subida da incidência da doença.
Na conferência de imprensa após o conselho de ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que a situação de alerta é prorrogada até às 23h59 do dia 30 de novembro.
Portugal continental está em situação de alerta desde o dia 1 de outubro, que terminava no domingo.
A situação de alerta é o nível de resposta a situações de catástrofe mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil.
Na mesma conferência de imprensa, a ministra da Saúde alertou para “um agravamento” da situação epidemiológica da pandemia de covid-19 na última semana, avançando que este cenário “era de alguma forma esperado” e acompanha a situação europeia.
“A situação epidemiológica no país ao longo da última semana conheceu um agravamento, este agravamento acompanha aquilo que é a situação europeia”, afirmou Marta Temido.
A ministra precisou que, na última semana, a incidência cumulativa a 14 dias situava-se nos 94 casos por 100 mil habitantes, apesar de ser “uma incidência que está abaixo daquilo que é a média hoje registada nos países da União Europeia, que é de 235 casos por 100 mil habitantes”.
Segundo Marta Temido, esta incidência tem vindo a aumentar “em linha com o risco de transmissão efetivo que está acima de um há 16 dias e que situa agora em 1,08”.
“Está a confirmar-se aquilo que era de alguma forma o cenário esperado em função da transmissão da doença, embora num contexto em que uma larga maioria da população está vacinada”, disse, acrescentando que 85,9% da população portuguesa tem a vacinação contra a covid-19 completa.
Justificando a manutenção da situação de alerta, a ministra frisou que, apesar deste contexto favorável, “o vírus continua a transmitir-se e a circular e, embora causando doença menos grave e consequências fatais em número menos significativo, a uma maior circulação do vírus tende a corresponder um maior número de casos de doença”.
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