Pelo menos quatro empresas da área têxtil/confeção do concelho de Oliveira do Hospital já decidiram suspender a laboração devido à pandemia do Covid-19.
No concelho de Oliveira do Hospital não há registo de casos positivos de infeção pelo novo coronavírus e, por esta altura, o grande desafio passa por travar o surto e evitar o contágio que já é mundial. Por esse motivo, o presidente do Município de Oliveira do Hospital agradeceu esta manhã, na Rádio Boa Nova, aos empresários do setor das confeções, que emprega centenas de pessoas, que já encerraram as suas unidades ou mostraram disponibilidade para o fazer.
“Quero agradecer a disponibilidade que tiveram pela sensibilização que fiz em relação ao fecho das próprias indústrias têxteis que têm muitas pessoas e que poderiam ser alvos fáceis do vírus”, referiu José Carlos Alexandrino. “Os empresários estão a acabar algumas encomendas e vão fechar. Os empresários foram sensíveis porque a vida dos seus funcionários era mais importante do que qualquer outra atitude”, acrescentou o autarca, notando ter a confirmação de encerramento de quatro empresas, não tendo conseguido contactar com os responsáveis de uma quinta empresa, mas que o deveria conseguir durante o dia de hoje. Em causa está “um número bastante considerável de funcionárias”, que segundo o autarca “apresentavam alguma intranquilidade” devido ao evoluir da pandemia.
José Carlos Alexandrino referiu-se ainda à empresa Acorfato, com instalações em Vila Nova de Oliveirinha (Tábua), cujos proprietários são da Bobadela e que conta com cerca de 80 por cento de trabalhadores de Oliveira do Hospital, que também já fechou.
“Tenho vindo numa defesa intransigente para que este temporal passe”, referiu no dia em que também tornou pública a medida determinada em conjunto com a Delegada de Saúde, Guiomar Sarmento, que obriga a todos os cidadãos que regressem ao concelho vindos do estrangeiro ou de zonas de contágio comunitário do país permaneçam e isolamento profilático durante 14 dias contar do dia da sua chegada.