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Concelhos em risco: Plano mantém-se, mas “fiscalização será reforçada”

Os concelhos com mais de 120 novos casos por cem mil habitantes vão ter “fiscalização reforçada” pela GNR e PSP,  anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro António Costa, que acrescenta que “é necessário tomar medidas para combater cadeias de transmissão” e evitar que esses concelhos tenham de parar o desconfinamento.

Depois de uma reunião, por videoconferência, com presidentes dos municípios com mais de 240 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, Costa explica que foi identificado um padrão comum: a generalidade dos surtos surgem em habitações precárias, em grandes obras públicas em curso ou em unidades industriais que recorrem à habitação local.

Por isso, o primeiro-ministro deixou um apelo às entidades patronais, “tendo em vista a melhor organização possível das suas condições de trabalho, realizar a testagem dos seus trabalhadores” e “aos trabalhadores, para terem o máximo de cuidado na utilização dos equipamentos de proteção individual”.

“Vamos articular agora ações específicas da Autoridade para as Condições de Trabalho, em conjunto com autoridades de saúde pública, tendo em vista criar melhores condições sanitárias nesses locais, e para se desenvolverem ações de testagem massiva”, anunicou o António Costa, esclarecendo que o plano de desconfinamento só terá um travão nestes concelhos caso este ‘plano A’ não tenha efeito. “Se esses cuidados não tiverem os resultados que desejamos, aí teremos de tomar as medidas que não desejamos.”

O primeiro-ministro esteve esta manhã reunido, por videoconferência, com presidentes dos municípios com mais de 240 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes: Alandroal, Carregal do Sal, Moura, Odemira, Portimão, Ribeira da Pena e Rio Maior. O encontro durou cerca de três horas.

“A pandemia não passou”

Depois de apelar aos máximos cuidados nos concelhos de maior risco, Costa pediu ainda “disciplina” aos portugueses, para que não seja necessário recuar no plano de desconfinamento. O primeiro-ministro referia-se ao cenário das esplanadas na segunda-feira.

“É muito bom que o possam fazer. Mas é sobretudo bom que o possamos continuar a fazer”, referiu, sublinhando que para isso é necessário viver este momento com “todas as cautelas” porque “a pandemia não passou”.

O primeiro-ministro apelou por isso a que se mantenha o uso da máscara nestes locais, sempre que não se estiver a consumir, um pedido que surge um dia depois de o país ter avançado para a segunda fase do plano de desconfinamento.

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