Poucos dias depois de o Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) ter alcançado a manutenção na Liga 3, a necessidade de a equipa sénior competir em relvado natural voltou a ser tema na última reunião pública do executivo camarário de Oliveira do Hospital.
A vereação em maioria e a oposição foram unânimes em defender a construção de um Complexo Desportivo que “dignifique Oliveira do Hospital”.
“Criar um Complexo Desportivo é um objetivo que queremos levar adiante”, afirmou José Francisco Rolo. Segundo o presidente do Município oliveirense, a autarquia encontra-se “à procura de formas de financiamento” e a “estudar hipóteses da sua localização”. O projeto “terá que ser discutido com o FCOH” e o seu avanço terá de ser “de forma faseada”.
Responsável pelo Pelouro do Desporto, Nuno Ribeiro afirmou que avançar com o Complexo “não é um processo fácil”, mas que “o Município tem procurado soluções”. Nuno Ribeiro lamentou que, neste momento, só haja financiamento para recuperação e remodelação de equipamentos e não para fazer equipamentos de raiz”. “Não temos gosto nenhum em ver o FCOH a jogar fora do concelho”, disse, defendendo contudo que a autarquia está “grata ao Município de Tábua por toda a colaboração”.
Também Nuno Oliveira reforçou a necessidade da existência de um espaço desportivo que potencie outras modalidades e que possa ser utilizado “por clubes, escolas e cidadãos comuns”. Para o vice-presidente da autarquia, deve-se pensar num “Master Plan” que sirva a comunidade em geral e que privilegie “a eficiência energética”.
Diante este projeto, o executivo em permanência pode contar com a oposição. Para Francisco Rodrigues, a situação do FCOH jogar em Tábua “não pode ser mais adiada”. “Temos que investir num Complexo Desportivo. Que nos preparemos com um projeto, com uma localização consensual. Vamos preparar um projeto que nos dignifique”, lançou o “desafio”, realçando que não quer “fazer disto uma luta partidária”.