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Colocação de dois novos médicos devolve SAP aos oliveirenses durante o dia (com vídeo)

O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital disse, esta manhã, em conferência de imprensa que, ainda nesta semana, deverá ser reposto…

… o normal funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) durante o dia, através da colocação de dois novos médicos.

José Carlos Alexandrino reuniu, na sexta feira à tarde, com o ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, a quem reivindicou a reposição do SAP depois de aquele serviço ter sido reduzido ao modelo de Unidade de Saúde Familiar (USF). “Esta USF não tem dado as respostas e reivindicámos de novo ao ministro, dizendo que Oliveira do Hospital quer umas urgências a sério. Temos esse direito, até pelos incêndios… isto é uma situação dramática”, contou esta manhã o autarca no encontro com os jornalistas, informando que no imediato, o ministro deu ordens à presidente da Administração Regional de Saúde, Rosa Reis Marques para contratar dois médicos, para assegurar o SAP durante a semana”. “O ministro foi claro e percebeu o nosso problema”, referiu Alexandrino, assegurando que “vamos continuar a ter o SAP”.

Ainda que satisfeito com a solução encontrada, Alexandrino não deixa cair a reivindicação de colocação de quatro médicos no quadro do Centro de Saúde, no sentido de assegurar médico de família a toda a população. Uma colocação que o autarca espera que venha a acontecer, no âmbito de um concurso que vai decorrer no mês de abril. José Carlos Alexandrino entende que a fixação de médicos no interior passará por incentivos, defendendo também a obrigação de que os clínicos formados nas escolas públicas exerçam a sua profissão nestes concelhos e “façam alguma coisa ao país”. “O governo deve tomar medidas”, entende.

A iniciar a conferência de imprensa com um historial da saúde em Oliveira do Hospital_ recordou que em 1989 o hospital público passou para a FAAD e em 2008 as urgências foram transformadas em SAP_ José Carlos Alexandrino lamentou que antes “não tenha havido nenhuma voz que defendesse os interesses de Oliveira do Hospital como hoje”.

“O que eu quero, é que os cidadãos de Oliveira do Hospital tenham condições de saúde, que são direitos fundamentais. Trouxemos este problema para dentro da Câmara Municipal, ao contrário de outros”, referiu esta manhã o autarca, notando que a sua reivindicação maior passa por um verdadeiro serviço de urgências.

Em conferência de imprensa, o autarca volta a considerar acertada a passagem das urgências para o hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz, no período noturno, assegurando que em causa não está a privatização da saúde no concelho. Disse, no entanto, ter já denunciado junto da Inspeção Geral de Saúde o caso de médicos que, no serviço público, entregavam cartões privados para encaminhar utentes para os seus consultórios particulares.

Para colmatar os problemas de saúde no concelho, Alexandrino disse que a área de abrangência da Unidade Móvel de Saúde vai ser alargada à zona Norte do concelho. A UMS lançada por ocasião da “anterior crise de falta de médicos” percorreu as freguesias de Aldeia das Dez, S. Gião e Lourosa atendendo, em 2017, um total de 5429 pessoas. O autarca espera em 2018 chegar aos 10 mil atendimentos.

Foto e vídeo: Beatriz Cruz

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