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Colocação de dois novos médicos deverá melhorar estado da Saúde em Oliveira do Hospital

Por ocasião de mais uma comemoração do Dia Mundial da Saúde, que hoje se assinala, a Rádio Boa Nova tomou o “pulso” ao estado da saúde no concelho de Oliveira do Hospital.

O fecho do Serviço de Atendimento Permanente  (SAP)e a existência de 5400 utentes sem médico de família afiguram-se como os problemas maiores que deverão ser minimizados com a colocação de, pelo menos, dois novos médicos ainda neste mês de abril.

Os últimos meses foram de alguma “convulsão”  na área da saúde em Oliveira do Hospital. O antigo SAP que funcionava 24 horas por dia “foi substituído por uma atuação noturna da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) e ao fim de semana. No Centro de Saúde foram criadas as consultas de intersusbtituição para situações agudas e para colmatar casos de pessoas sem médicos de família.

Álvaro Simões, coordenador da Unidade de Cuidados de Saúde  de Oliveira do Hospital acredita que a colocação de, pelo menos dois novos médicos, ainda neste mês de abril, trata melhorias na prestação dos cuidados de saúde, diminuindo o número de utentes sem médico de família, que atualmente é na ordem dos 5400. “A realidade já não é muito má, mas se houver um doente sem médico de família é sempre um caso de instabilidade”, referiu o responsável à Rádio Boa Nova, verificando que “se forem colocados dois ou três colegas (dois neste mês), ficarão dois mil utentes sem médico de família”. “Num concelho com 22 mil utentes, já é um número que nos permite margem de manobra”, referiu Álvaro Simões, recordando que “há três anos tínhamos metade da população sem médico de família”.

Por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Saúde que, este ano, invoca a universalidade dos cuidados e as atitudes preventivas, Álvaro Simões garante que o trabalho da equipa que coordena acontece em vários eixos importantes, seja ao nível da vacinação decorrente da problemática em torno do sarampo, seja de outras problemáticas como a diabetes, hipertensão e a obesidade. “Os nossos médicos vão trabalhar muito nestas áreas com consultas programadas e vamos ativar os rastreio do cancro da mama, colo do útero e carcinoma do intestino que são cancros muito evitáveis”, refere o responsável. Conseguir melhores equipamentos para garantir melhores cuidados de saúde é outras das preocupações de Álvaro Simões.

“Saúde aos altos e baixos”

Convidado a apreciar o estado da Saúde no concelho, o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e vereador responsável por aquela matéria constata que “o estado da saúde tem sido aos altos e baixos”. Entre os “baixos” identifica o fecho do SAP, a falta de médicos e o número de utentes sem médico de família que “já foram 16 mil e hoje serão de cerca de cinco mil”. Entre os “altos” situa a assistência médica noturna, aos fins de semana e feriados que está a ser assegurada pela FAAD, assim como “o projeto fantástico que é a unidade móvel saúde”, assim como a Unidade de Cuidados na Comunidade e a consulta de especialidade em saúde mental que “veio qualificar os cuidados de saúde primários”. José Francisco Rolo não esconde a sua preocupação pelo fecho do SAP. “Obviamente que me preocupa. Foi uma opção tomada pelos responsáveis locais do centro saúde. Não era essa a nossa perspetiva”, referiu à Rádio Boa Nova, assegurando que o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino e o executivo se têm batido junto da Administração Regional de Saúde do Centro e do Ministro da Saúde por “um ponto de acesso a doentes emergentes”.

“Temos expectativa de que a colocação de três novos médicos venha reforçar a qualidade da assistência médica à população”, referiu à Rádio Boa Nova, notando porém que  “o objetivo do município é termos urgências capacitadas para responder às necessidades da população”. José Francisco Rolo garantiu que “este é um tema prioritário e não podemos desistir”.

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