A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra investiu 560 mil euros na aquisição de unidades móveis de saúde para os 19 concelhos do território, que poderão apoiar na campanha de vacinação contra a covid-19 em aldeias.
O investimento, financiado por fundos comunitários, prevê uma unidade móvel de saúde 100% elétrica para cada um dos 19 municípios da região, tendo sido ontem assinalada a entrega de cinco viaturas para os concelhos de Cantanhede, Mealhada, Miranda do Corvo, Penela e Tábua, anunciou o presidente da CIM, José Carlos Alexandrino, que falava na cerimónia.
A entrega das cinco unidades realizou-se após ter sido concretizado um projeto-piloto com duas viaturas em Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho, numa parceria com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Segundo José Carlos Alexandrino, as restantes 12 viaturas deverão ser todas entregues até março aos municípios.
As unidades “chegam no momento mais necessário, para que os profissionais de saúde tenham mais um instrumento no combate à pandemia”, realçou o também presidente da Câmara de Oliveira do Hospital.
De acordo com o autarca, as unidades têm o equipamento necessário “para a prestação de cuidados de saúde domiciliários” e poderão “ajudar na campanha de vacinação contra a covid-19, sobretudo na população mais idosa, que viva nas aldeias dos concelhos”.
A utilização destas unidades será uma forma de evitar que essa população se desloque até às sedes de concelhos, reduzindo o risco de exposição ao vírus, salientou.
Também presente na cerimónia, a presidente da ARSC, Rosa Reis Marques, realçou a disponibilidade dos municípios para apoiar as autoridades de saúde no combate à pandemia, destacando a articulação na campanha de vacinação nos lares da região.
A responsável referiu que espera ter até sábado, no máximo domingo, todos os lares e estruturas residenciais da região Centro – “legais ou não legais” – com a primeira fase de vacinação concluída, com exceções para unidades onde ainda há surtos ativos.
A vacinação dos profissionais de saúde da região também já está concluída e deverá avançar-se em breve para a 2.ª fase, disse.
Em declarações aos jornalistas, Rosa Reis Marques afirmou que a região conta, neste momento, com cerca de 1.300 camas em enfermaria e unidades de cuidados intensivos para doentes com covid-19.
“É evidente que há um esforço dos hospitais de reafetar áreas e camas, mas não é infinito”, salientou, referindo que a ARSC tem recorrido também ao setor privado e social para contratar “todas as camas que têm sido disponibilizadas”.
Segundo a responsável, a ARSC tem cerca de 150 camas contratualizadas com o setor privado que permite também um reforço da capacidade instalada.
Fonte: Lusa
Fotos: CM Tábua