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CHEGA quer “reforçar a democracia” e “fazer escrutínio” em Oliveira do Hospital

A lutar pelas autárquicas de setembro, o CHEGA quer “reforçar a democracia” em Oliveira do Hospital e “fazer escrutínio do que está mal”, apresentado soluções. Apresenta-se como projeto “do povo para o povo”.

No passado sábado, no dia de inauguração da sede do partido na cidade oliveirense, António José Cardoso, candidato à Câmara Municipal assumiu ser candidato por “ter capacidade para tal” e pelo “futuro” dos seus filhos. A liderar um projeto que envolve cerca de 60 pessoas, o cabeça de lista começou por repudiar “o ódio e a perseguição” de que têm sido alvo os membros do partido.

Defendendo que “a família é o suporte da vida”, António José Cardoso criticou o programa de incentivo à natalidade do Município de Oliveira do Hospital, referindo que “não é um incentivo de 60 Euros que vai levar alguém a querer ter filhos”, mas sim “o emprego e condições económicas”.

No uso da palavra, o candidato apresentou algumas linhas orientadoras do CHEGA que passam, sobretudo, pelo emprego e empreendedorismo.  Responsável pelo “emprego de mil pessoas por dia, das quais cerca de 250 no concelho de Oliveira do Hospital”, o candidato recordou que em 2016/2017 “quis colocar gente na Cordinha e a Câmara não quis”, acusando o Município de não “ter capacidade para trazer um único posto de trabalho para Oliveira do Hospital”. O representante do CHEGA acusa mesmo Francisco Rodrigues e José Carlos Alexandrino de “boicotarem” dois projetos que o próprio apresentou para o concelho.

“É possível criar um emprego por dia em Oliveira do Hospital. 1500 empregos em quatro anos. Eu criei 1600 em 12 anos. A Câmara Municipal tem excelentes técnicos e funcionários. Tem é maus lideres”.

No que diz respeito à área industrial, António José Cardoso recorda que uma Zona Industrial “está vazia” e “a outra está em obras”, mostrando-se incrédulo como é que se quer contruir “uma terceira”, apesar de Nogueira do Cravo “merecer”. “A empregabilidade mede-se pelo número de postos de trabalho e não pelo número de lotes”, vincou.

“Câmara Municipal gerida há 47 anos por professores. Já não chega?”

Na pasta do ambiente, António José Cardoso defende a reflorestação e a criação de um viveiro municipal que “iria criar dezenas de postos de trabalho”. Na educação, o candidato não compreende como se pode avançar para um “mega agrupamento” e abandonar escolas que “foram feitas há dez anos”. “Será que existem interesses ligados à construção civil?”, questionou, afirmando que “alguns até pagam outdoors do PS e do PSD”.

O cabeça de lista pelo partido liderado por André Ventura a nível nacional lamentou ainda a poluição recorrente no Rio Cobral, reforçando que os crimes “têm que ser denunciados”. “Não haverá compadrio entre as empresas que fazem descargas e a Câmara Municipal?”, questionou.

Na saúde, o candidato defende a criação de uma “unidade básica de emergencia”, afirmando que a “Câmara deve suportar os custos e manter o Centro de Saúde aberto 24 horas por dia”. “A saúde é uma prioridade”, frisou, acusando José Carlos Alexandrino de “colocar os interesses pessoas à frente dos interesses públicos”.

O candidato pelo CHEGA fez questão de destacar o papel da “população estrangeira” na “capacidade de gerar emprego” e que “é ignorada”. Defende que esses cidadãos “têm que ser integrados e valorizados na sociedade”.

No desporto, o projeto do CHEGA defende “instalações desportivas junto das escolas”, mais aposta no urbanismo e espaços verdes. António José Cardoso recorreu à freguesia da Bobadela para realçar que “tem um potencial imenso mas não é aproveitado”. Na ótica do partido, deve-se “promover o turismo sustentável”, dando o exemplo do Rally de Portugal que “gera milhões” ao Município de Arganil, ao contrário da Volta a Portugal que “custa dinheiro à Câmara de Oliveira do Hospital”. “A EXPOH e outros eventos têm que ser economicamente sustentáveis”, frisou.

A terminar o seu discurso, António José Cardoso apelou ao voto e pediu aos oliveirenses para que “não cedam a pressões e para que não tenham medo de votar”.

“Dia 26 de setembro percam o medo. Manifestem o desagrado. Não cedam a pressões. Nada vai ficar igual em Oliveira do Hospital. O CHEGA veio para ficar”.

Na ocasião, Luís Filipe Freire, presidente da concelhia do CHEGA em Oliveira do Hospital, afirmou que o partido “quer estar no Município a favor do povo”. Avançou que o projeto conta com “pessoas transversais, ligadas a várias áreas”. “Não estamos aqui para nos colocarmos de bicos de pés. Sem promessas. Só prometemos trabalho”, afirmou. O presidente da concelhia acusou, ainda, o presidente da Câmara Municipal de “ameaçar membros do CHEGA”, sublinhando que “isso não é democracia”. “Não somos um partido de extrema-direita. Somos um partido de direita, liberal e conservador”, concluiu. 

Sílvia Santos, mandatária da candidatura, reforçou que se trata de um “projeto do povo para o povo”. “É um projeto de mudança. Oliveira do Hospital precisa de uma mudança efetiva e urgente. Temos pessoas que não estão viciadas. Chega de equipas académicas, que chegam ao poder por amigos políticos e por favores”, afirmou, apelando “ao voto da mudança”.

Paulo Seco, presidente da Distrital de Coimbra do CHEGA, começou por referir que “não é fácil contrariar o sistema que está instalado há muitos anos”, dando conta de que, no distrito, existem mais de 600 pessoas envolvidas no partido. “Nós somos diferentes. Vamos lutar contra o sistema, onde as Câmaras são mal geridas”, disse. Jorge Valsassina Galveias, coordenador autárquico do centro do CHEGA, afirmou que “é um orgulho” estar a liderar nestas autárquicas.

Pedro Borges de Lemos, coordenador da justiça do CHEGA, também candidato ao Município de Torres Vedras, recordou a história de Brás Garcia de Mascarenhas que “reuniu um grupo de combatentes para integrar a Guerra da Restauração” para comparar o seu perfil ao de António José Cardoso. “Chega de socialistas que pensam que vão continuar a controlar Portugal. As autarquias estão cheias de corrupção, de amiguismos e favoritismos”, afirmou, desejando que “o CHEGA venha a ser governo dentro de pouco tempo”.

À Câmara Municipal, o CHEGA apresentou António José Cardoso (1), Luís Filipe Freire (2), Sílvia Santos (3), Igor Klimenko (4), Roger Nunes (5), Rocio Gutierrez (6) e Hugo Pereira (7). Na lista para a Assembleia Municipal, José Carlos Nogueira conta com Armindo Fonseca (2),Teresa Mendes (3), Pedro Peres (4) e Rosa Barata (5). O CHEGA vai-se candidatar a quatro Juntas de Freguesia: UF Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços – Pedro Cruz; UF de Ervedal e Vila Franca da Beira- Mickael Marques; UF de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira- Rui Catarino e Bobadela- Luís Filipe Ricardo.

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