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Cerca de 500 operacionais em Vila do Mato e Coja. Situação preocupante em Carregal do Sal

imagem: Marco Fernandes

Cerca de 500 operacionais estão no combate às chamas nos incêndios de Vila do Mato (Tábua) e Coja (Arganil). Segundo o site da Proteção Civil, os incêndios continuam ativos e são das ocorrências mais significativas do país.

Segundo Luís Paulo Costa, autarca de Arganil, das três frentes de fogo, que durante a tarde deram muito trabalho aos operacionais, uma está em fase de rescaldo e outra está também “razoavelmente controlada”. Por outro lado, um foco perto da zona industrial inspira mais preocupações”, disse o autarca, num balanço efetuado à agência Lusa cerca das 20h30.

Durante a tarde foi necessário evacuar o Centro de Recolha Animal e a população das aldeias de Salgueiral e Medas, que, entretanto, já regressaram casa depois de terem sido garantidas as condições de segurança. A Estrada Nacional 342 entre Coja e Arganil, que esteve cortada ao trânsito, também já reabriu à circulação, mantendo-se fechada a ligação municipal de Folques a Arganil.

Segundo dados do sistema europeu Copernicus, o incêndio entre Nelas e Carregal do Sal já queimou mais de 5.000 hectares de mato e de floresta.

Em Carregal do Sal, o combate às chamas mantém-se em redor de povoações como Pardieiros, Sobral ou Cabanas de Viriato, entre outras e em toda a orla do rio Mondego virada a Tábua e Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra.

“A situação está longe de estar resolvida, ainda estamos a combater. Não há a lamentar vítimas, não há casas ardidas, mas vamos ter muito trabalho nos próximos dias”, disse à Lusa Filipe Lopes, comandante dos bombeiros voluntários de Carregal do Sal. As atividades letivas em todas as escolas do município de Carregal do Sal vão manter-se encerradas na quarta-feira devido aos incêndios.

Na manhã de hoje o incêndio chegou a Tábua, após ter galgado o rio Mondego vindo de Carregal do Sal, tendo provocado a morte de três bombeiros — duas mulheres e um homem — da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, quando combatiam as chamas. Ricardo Cruz, presidente do município de Tábua, disse à Lusa que a situação mais preocupante estava, ao início da noite de hoje, junto à localidade de Vila de Mato, na freguesia de Midões, um dos dois locais onde as chamas irromperam vindas da margem direita do Mondego.

Em Oliveira do Hospital, duas projeções provenientes dos incêndios de Nelas e de Carregal do Sal provocaram ignições com alguma dimensão, durante a tarde de hoje, mas foram resolvidas pelos bombeiros, cuja estratégia passou por antecipar eventuais problemas.

“Estivemos a fazer prevenção todo o dia, a acautelar projeções. No final do dia houve duas projeções, uma a norte e outra a sul do incêndio de Nelas e ambas foram debeladas. A projeção a sul com mais dificuldade, a norte, na povoação de Seixas, foi rapidamente debelada”, disse à Lusa o comandante de operações de socorro António Pinto, comandante dos bombeiros de Lagares da Beira.

LUSA

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