Cerca de 1.600 idosos vítimas de crime e violência foram apoiados no ano passado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), o que corresponde a uma média de quatro pessoas por dia.
Segundo dados divulgados pela APAV a propósito do Dia Internacional da Pessoa Idosa, que se assinala a 1 de outubro, a APAV revela que a maioria das vítimas são do sexo feminino (75%), com idades entre os 70 e 74 anos e que em 29% dos casos a vítima é pai ou mãe do autor do crime. Mais de metade das vítimas (820) estão reformadas.
Em 2021, a APAV apoiou 1.594 pessoas idosas vítimas de crime e de violência, o que corresponde a uma média de quatro por dia.
As áreas de residência das vítimas são, na maioria, as grandes cidades: Lisboa (23,4%), Porto (18,1%). Nos dados hoje revelados, a APAV destaca ainda Faro (12,4%)
Reconhecendo que a violência contra as pessoas idosas constitui “um problema social e de saúde pública” a APAV sublinha que “o seu eficaz combate pode contribuir para um futuro mais inclusivo, onde todos sejam respeitados ao longo do ciclo de vida, nomeadamente no contexto de um envelhecimento ativo e saudável”.
A APAV presta apoio jurídico, psicológico e social às pessoas idosas e suas famílias, contando com a colaboração de outras instituições, públicas e privadas, e “com os vizinhos e conhecidos das vítimas — cujo papel pode ser muito importante, sobretudo na denúncia das situações de violência”, sublinha.
A associação defende igualmente que estes crimes “não podem ser remetidos ao silêncio” e diz estar disponível através dos seus diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006 (dias úteis, das 08:00 às 22:00) número gratuito e confidencial.