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CDS-PP perde representatividade na Assembleia da República. Francisco Rodrigues dos Santos demite-se

O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos apresentou, já na madrugada de hoje a sua demissão, ao não conseguir eleger deputados à Assembleia da República nestas eleições legislativas realizadas este domingo.

O CDS-PP ficou-se ontem pelos 1,61 % dos votos (86.578) e perde, pela primeira vez na história da democracia portuguesa que não consegue ter representação na Assembleia da República.

Já de madrugada, o jovem líder centrista, com ligações familiares ao concelho de Oliveira do Hospital, mais propriamente a Nogueira do Cravo, disse que “o CDS não morreu”, mas que terá de contar com uma nova liderança.

“Estes resultados não deixam margem para dúvidas de que deixei de reunir condições para continuar a liderar o CDS”, resumiu Francisco Rodrigues dos Santos.

Francisco Rodrigues dos Santos assumiu que “este é um mau resultado para o CDS, que ao final de 47 anos perde a sua representação parlamentar”.

“Eu como líder do partido quero assumir a responsabilidade destes resultados eleitorais”, declarou.

O líder falou numa “hora triste para todo o CDS”, mas salientou que o partido “não morreu” e “continua vivo”.

O presidente do CDS-PP apontou que está “para muito breve um congresso eletivo do partido” e defendeu que “aí o CDS terá de fazer a sua reflexão”.

Durante a campanha eleitoral, Francisco Rodrigues dos Santos mostrou-se confiante que o partido iria crescer e conseguir recuperar deputados por círculos onde não elegeu nas eleições legislativas de 2019 e admitiu que seria recandidato à liderança.

O líder centrista não esclareceu se vai apresentar-se a votos no próximo congresso, recusando fazer “futurologia”, e disse que “o futuro a Deus pertence”. Mas garantiu que o seu partido “será sempre o CDS”.

Rodrigues dos Santos salientou ainda que liderar o CDS foi a “maior honra” da sua vida.

Nas eleições legislativas de 2019, o CDS, sob a liderança de Assunção Cristas, obteve o seu pior resultado de sempre em legislativas, com cinco deputados e 4,22% dos votos (221.774).

Até então, os piores resultados do CDS tinham sido em 1987, quando obteve 251.987 votos (4,44%) e quatro deputados, em 1991, com 254.317 votos (4,43%) e cinco deputados e em 2005, com 416.415 votos (7,24%) e 12 deputados.

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