A Caule assinalou de forma diferente o Dia Mundial da Floresta Autóctone. A habitual ação de plantação foi substituída por uma “caça” às espécies autóctones com crianças da Escola Básica da Ponte das Três Entradas.
Meia centena de crianças do 1º ciclo de ensino básico irromperam assim pela floresta, na freguesia de Alvôco de Várzeas com placas identificativas e protagonizaram uma verdadeira caça às árvores autóctones, como carvalho, medronheiro, sobreiro, entre outras espécies. Desta forma, pretende a CAULE – Associação Florestal da Beira Serra destacar a importância da “regeneração natural” destas espécies que estão “geneticamente adaptadas”. “Com este jogo as crianças ficam a conhecer melhor estas árvores do que plantá-las, porque quando crescem acabam por não as conseguir identificar”, explicou Raquel Campos, dirigente da associação florestal.
A defesa da floresta autóctone tem sido uma das missões da Caule que está sobretudo preocupada com a doença do nematodo que tem afetado o pinheiro bravo, provocando uma “grande perda” desta espécie, dando lugar ao eucalipto que “está a ultrapassar em muito os níveis desejados”.
Quanto a outras espécies, Raquel Alves destaca a “imensa regeneração natural”, notando porém a importância de as pessoas apostarem mais na plantação destas espécies.